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Conselho Interprofissional do IVDP responde à “dispensa” do presidente

Por a 1 de Setembro de 2011 as 11:57

Após o conhecimento da “dispensa” do presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Luciano Vilhena Pereira, por parte do Ministério da Agricultura, os vice-presidentes do Conselho Interprofissional da entidade que regula os vinhos do Douro e Porto tomaram uma posição em relação a esta decisão do Governo, revelando ser “inadmissível que sejam tomadas decisões com relevância e consequência no sector, por imposição de grupos de pressão que não correspondem à verdadeira representação da região”.

Esclarecendo que é o Conselho Interprofissional do IVDP através das associações do comércio e da produção do sector do Vinho do Porto e Douro, legitima e legalmente nomeadas pelo Governo, que representa o sector, o C.I. adiantando que “a exoneração de funções, é sempre uma atitude grave e de ultimo recurso”, sendo que no caso presente, “foi despachada a um mês do final do mandato”.

O C.I. esclarece que nesta matéria, “nem antes nem depois desta exoneração, as profissões foram ouvidas”, avançando não conhecer “nos comportamentos e atitudes do agora exonerado, justificação de tal medida”.

Com as vindimas a decorrer, o C.I. do IVDP admite que “os momentos que vivemos são de crise generalizada”. A vindima de 2011 apresenta-se “muito difícil” e foi marcada por um benefício de 85.000 pipas, o que levou a alguma contestação. No entanto este quantitativo corresponde, no entendimento do C.I., “à necessidade do sector estrategicamente enfrentar os graves problemas que tem”.

Nos últimos dez anos perderam-se 12 milhões de garrafas de Vinho do Porto, correspondendo a um valor próximo dos 37 milhões de euros, considerando o C.I. na nota de imprensa que “o excedente de vinho existente no conjunto do sector, provoca a desvalorização do nosso produto quer na produção quer na comercialização”.

O C.I. do IVDP aproveita para esclarecer ainda que “o Governo tem que entender a estratégia delineada e dar condições, através da alteração da lei orgânica do IVDP, para que possamos criar um fundo de promoção às marcas próprias. O Governo deve repor os 8 milhões de euros desfazendo a grave injustiça efectuada pelo anterior executivo que tributou duplamente o sector”, justificando que “esse dinheiro tem que ser aplicado na promoção do nosso produto”.

 

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