Bebidas

Chá cresce à boleia das marcas próprias

Por a 18 de Abril de 2011 as 11:54

As marcas próprias são o grande motor de crescimento da categoria de chás em Portugal, sublinha Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés que comercializa as marcas Tetley e Deltea.


Os números da Nielsen confirmam: entre Fevereiro de 2010 e o mesmo mês de 2011, as marcas brancas e as de primeiro preço aumentaram em 20% a quota de mercado em valor na categoria de chás (provenientes da planta Camellia sinensis) e 16% na categoria de infusões (chá de ervas). Enquanto as marcas de fabricante subiram a quota em apenas 2% e 1%, respectivamente. Apesar disso, os produtores de marca têm a maior fatia do mercado: 83% nos chás e 88% nas infusões.

Ambas as categorias cresceram em volume e valor. O segmento de chá cresceu 5% nos dois indicadores. Foram comercializados mais de 210 mil quilos, cerca de 10 milhões de euros. As infusões, por sua vez, registaram 5% de crescimento em volume (222 mil quilos) e subiram 3% em valor (11 milhões de euros).

“A Tetley é a única marca de referência que se mantém em linha com esse crescimento. Isto significa que estamos a crescer em quota, mas também em volume, beneficiando do contributo das marcas próprias para o crescimento do mercado”, sublinha Rui Nabeiro.

“Entre 2007 a 2009, a Tetley perdeu progressivamente quota de mercado, uma tendência que se inverteu em 2010, no qual registámos um crescimento na ordem dos 2%, acompanhando o próprio crescimento do mercado global”. Quanto à Deltea “decresceu ligeiramente a performance nas referências onde está presente. Facto positivo se considerarmos que não foi realizado qualquer investimento na activação de marca e que tem uma presença residual no retalho”.

 

Novos sabores

2010 também correu bem à Nutricafés. “Sentimos uma grande apetência, junto dos consumidores e clientes, para diversificar sabores, nomeadamente o chá vermelho, o branco e menta”, sublinha João Dotti, director-geral da Nutricafés. A empresa vai lançar novas variedades no Horeca, em breve, para alcançar o grande objectivo deste ano: “aumentar a distribuição numérica conquistando clientes que ainda não compram os nossos chás”.

Em Portugal, a penetração e frequência de consumo de chá quente ainda é baixa, podendo crescer, nomeadamente, através de inovações, refere o administrador da Delta Cafés. “As grandes tendências de consumo do mercado mundial decorrem da variedade da oferta: formas, tamanhos, sabores, packaging e, sobretudo, a disponibilização em novos locais. É ainda notória a crescente consciencialização do consumidor para a saúde e bem-estar. Existe uma percepção positiva por parte do consumidor, associada às novas pesquisas cientificas, que reforça os atributos intrínsecos do chá e, consequentemente, o posicionamento”.

O objectivo da empresa portuguesa é aproximar Tetley progressivamente da liderança de mercado através do lançamento de novos produtos e sabores. Quanto à Deltea, “estamos a realizar um trabalho estratégico profundo no sentido de equacionar a sua importância e posição no portfólio das marcas complementares e representadas pela Delta”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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