Distribuição

Retalho perde 177 milhões

Por a 20 de Novembro de 2009 as 5:39

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De acordo com a 2.ª edição do Barómetro Nacional da Quebra Desconhecida no Retalho (2009), o retalho nacional perdeu 177 milhões de euros no ano 2008. Entre as principais fontes de quebra, nada de novo, com os clientes a serem responsáveis por 55% dos furtos.

A 2.º edição do Barómetro Nacional da Quebra Desconhecida no Retalho (2009) – um estudo independente sobre a temática dos furtos no retalho em Portugal, realizado pela PremiValor Consulting, com o especial patrocínio da Gateway, revela que a percentagem total de quebras desconhecidas face ao volume de vendas totais passou de 1,04 para 1,16% de 2007 para 2008, totalizando 177 milhões de euros.

Curioso não deixa de ser o indicador que a PremiValor revelou, ou seja, o impacto que a quebra coloca em termos de montante de volume de negócios, o número de postos de trabalho (assumindo colaboradores que aufiram um ordenado base equivalente a dois salários mínimos de 2008 = 852 euros, um valor próximo do salário médio português).

Assim, com base numa taxa de quebra desconhecida de 1,16%, uma empresa que facture vendas na ordem dos 50 milhões de euros, a quebra corresponderá a um volume total de quebra de 580.000 euros, ou o “total cost” de 38 colaboradores nas condições de trabalho indicadas acima.

O indicador de quebra desconhecida estimado para o segmento Hipermercado/Supermercado é cerca de 1,02%, salientando a PremiValor que este valor é uma média, sendo que nas organizações de maior dimensão, o peso fica abaixo deste valor. Já no segmento Têxtil e Calçado, o indicador é substancialmente inferior (0,73%), revelando que esta área do retalho é menos permeável à ocorrência da quebra desconhecida.

Quanto às principais fontes de quebra desconhecida no retalho, nada de novo, ou seja, os clientes continuam a ser os maiores causadores, ficando à frente dos empregados, fornecedores e erros internos, sendo possível, contudo, verificar que de 2007 para 2008, somente existe um aumento nos empregados, registando-se uma melhoria em todos os outros itens.

Entre os principais artigos alvo de furto ou perda desconhecida estão, os CD/DVD/Jogos, os pequenos equipamentos electrónicos, como os leitores de MP3 e os telemóveis, sendo, precisamente, estes os artigos mais indicados como prioritários ao nível da protecção.

Já por categorias/secção, o barómetro da PremiValor indica que as categorias Health and Beauty e Animais e jardim, são as que registam maiores quebras em função do volume de vendas, com valores média de 3 e 2,6%, respectivamente.

No que diz respeito à protecção na origem, as bebidas alcoólicas, calçado, cosméticos, vestuário e tinteiros, foram os produtos mais mencionados como os que actualmente são mais protegidos por este sistema, indicando os inquiridos que perfumes, CD/DVD/Jogos, pilhas e cosméticos estão entre os produtos para os quais gostariam que fosse aplicado o sistema de protecção na origem.

Pela primeira vez incluída neste barómetro aparece a marca própria, verificando-se que entre os respondentes que comercializam produtos de marca própria, a quebra desconhecida afectou mais os produtos de marca de fabricante do que as marcas próprias. Ou seja, quem furta, prefere claramente os artigos de marca do que os dos próprios distribuidores.

Quanto ao investimento em equipamento anti-furto, este correspondeu, em 2008, a 0,357% do volume de vendas, representando um ligeiro crescimento face a 2007, que registou um valor de 0,263%.

De acordo com os números avançado pela PremiValor e com base na amostra de empresas participantes no estudo e estimativas efectuadas, o volume de negócios da actividade relativa à Segurança Electrónica, em 2008, deverá ter representado cerca de 90 milhões de euros, correspondendo, de 2006 para 2008, a um crescimento de cerca de 8%.

Quanto às principais tendências no que diz respeito à segurança, o estudo da PremiValor destaca o incremento da gestão integrada de sistemas em edifícios, o crescimento de soluções com base em tecnologia IP, desenvolvimento de sistemas multifunções que permitem englobar diversas funções, rentabilizando e reduzindo os custos, substituição nalguns domínios de meios humanos por aplicações informáticas, contínuo investimento na remodelação/renovação de equipamentos, e aumento do número de contratos de manutenção celebrados – perspectiva de lifecyle.

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