Distribuição sobe comissões dos empregados consoante margem de lucro
Em plena crise, conseguir que os consumidores comprem e que comprem produtos com mais margem para a empresa, significa melhores incentivos para os trabalhadores, revela um relatório da Pricewaterhouse (PwC).
Segundo Javier Vello, responsável de Negócio Retalho & Consumidor da PwC, as empresas, sobretudo as que requerem venda assistida, começam a mudar o sistema de remuneração dos seus vendedores com o objectivo de os incentivar.
Assim, em vez das comissões lineares, que até agora prevaleciam na indústria, oferecem comissões mais elevadas em função da margem de lucro que o produto vendido dê à empresa.
Outro dos objectivos das empresas em época de crise é elevar a taxa de conversão, ou seja, aumentar o número de pessoas que visita uma loja e sai com compras, que se traduz em maiores comissões para os vendedores.
Esta variável é bastante elevada no retalho alimentar, alcançando quase 100%, mas muito mais baixa em empresas de moda ou bricolage, onde oscila entre 15 e 30%.
Mark Pearson, director de consultoria de negócio da companhia, recordou que a prática de remunerações mais elevadas em função da margem do produto era muito utilizada no Reino Unido.