JM aumenta vendas em 6,7% e lucros em 2%

O grupo Jerónimo Martins (JM) apresentou os resultados referente ao 1.º trimestre de 2009, registando um crescimento de 6,7% nas vendas consolidadas, atingindo os 1,6 mil milhões de euros, comparados aos 1,5 mil milhões de igual período de 2008 (ver quadros resultados-jm.xls).

O grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos e Luís Palha, chairman e CEO, respectivamente, destaca, em comunicado, os bons resultados, apesar de estes “não beneficiarem do tradicional pico de vendas da Páscoa no retalho alimentar, ao contrário do que sucedeu em 2008”.

Em termos de EBITDA, o grupo cresceu 9,6%, ultrapassando os 100 milhões de euros em três meses, enquanto os lucros líquidos aumentaram 2% para 32,5 milhões de euros.

Beneficiando de um contributo de mais 87 lojas, as vendas do grupo no retalho em Portugal registaram um crescimento de 11,2% em relação ao 1.º trimestre de 2008, tendo sido esta a área de negócio onde já se reflectiram os ganhos de sourcing da nova escala de operações.

A JM reconhece que “no comportamento do consumo no retalho em Portugal verificou-se uma diminuição da despesa média por acto de compra e um aumento do número de visitas, o que poderá significar uma tendência de maior racionalidade/conservadorismo no processo de compra”.

Assim, no Pingo Doce, “a evolução das vendas LFL variou consoante a dimensão das lojas, sendo de salientar o dinamismo registado nos supermercados, onde se verificou um crescimento de 1% dos volumes numa base like-for-like (-0,7% em valor), mitigando o efeito negativo do calendário”, enquanto o Recheio “confirmou o seu crescente nível de competitividade no mercado interno e registou crescimentos de vendas em ambos os canais em que opera – Tradicional e Horeca -, com o aumento das vendas like-for-like no seu conjunto a atingir 1,8%. Este desempenho, em conjunto com mais uma loja adquirida em Novembro de 2008, permitiu um crescimento das vendas totais de 5,2%, reforçando a sua posição de líder no País”, refere a JM no comunicado.

No que diz respeito à Indústria, verificou-se o aumento de quotas de mercado em algumas categorias-chave de produtos, casos da Higiene Doméstica e Pessoal ou dos Molhos e Margarinas, entre outras, tendo certas categorias evidenciado um crescente nível de concorrência por parte das Marcas da Distribuição.

Na Polónia, as vendas cresceram 7,7% em relação ao 1.º trimestre de 2008, avançando o grupo que “beneficiando do facto de ter operado com mais 311 lojas do que em igual período do ano anterior, a Biedronka registou um excelente crescimento das vendas totais de 32,3% em moeda local, o que representa uma progressão de 5,2% em euros”.

Para o restante exercício de 2009, a JM refere no comunicado que “continua a encarar 2009 com prudência, embora o crescimento das vendas demonstre a força dos modelos de negócio do grupo, particularmente na área da distribuição, através das insígnias Pingo Doce, Recheio e Biedronka”, concluindo que “tendo as lojas recentemente abertas contribuições ainda abaixo da média das lojas maduras, é de esperar um aumento progressivo da visibilidade dos ganhos de escala nos resultados”.