Multiopticas desmente “desagregação”

A Multiopticas desmente estar “perto do fim” ou “à beira da desagregação”, conforme noticiou o Hipersuper a 18 de Dezembro. Em declarações prestadas ao nosso jornal por e-mail, fonte da empresa afirma que o descontentamento se limita a “um grupo residual” de franquiados, alguns dos quais “já nem sequer” o são, e não a “um número significativo”.

E acrescenta que as acusações de funcionarização dos proprietários das 130 lojas em regime de franquia se encontram circunscritas a um indivíduo “que presta declarações sobre anonimato e cuja informação está errada”.

A empresa desmente qualquer alteração contratual ao presente regime de franchising, garantindo que se trata somente da “aplicação de boas práticas”, as quais não contribuem para a “deterioração da margem” de lucro das lojas, mas antes para “a continuidade e sucesso da rede”.

A Multiopticas não confirma que “de momento” esteja proposta ou a ser negociada qualquer taxa de marketing, embora admita que “mais cedo ou mais tarde vai ter de ser prevista”. Confirma, isso sim, o arrendamento directo das lojas franquiadas, a incidir apenas sobre os “novos franquiados”, e a adopção de um sistema informático único, “previsto há muitos anos” e “integralmente suportado pela Multiopticas” (a fim de evitar “constantes comunicações mensais”, “assegurar que as lojas do franquiado têm ligação à Internet”, e “ajudar os franquiados a carregar os stocks para novos softwares”).

A firma instalada em Portugal desde 1988 desdramatiza eventuais rescisões de contrato, contrapondo que a franquia Multiopticas “é porventura a “menos exigente no mercado e que mais benefícios e lucros aporta”. Promete um crescimento da rentabilidade após os ajustes contratuais em curso, e revela que se encontram “inúmeros potenciais contratos em estudo”.

Finalmente, a óptica “considera ofensiva” a insinuação do receio de represálias feita por alguns franchisados para prestarem declarações sob anonimato. Alega que “foi sempre com diálogo que resolvemos todas as questões e divergências com os nossos franquiados” e que “é assim que vai ser também daqui para a frente”.