Campofrío apresenta prejuízo de 6,2 milhões de euros

A Campofrío fechou os primeiros nove meses de 2008 com um prejuízo total de 6,2 milhões de euros, resultados 145,6% inferiores aos registados o ano passado, quando foram apurados 13,64 milhões de euros de lucro. A empresa afirma que esta evolução se deve ao não encaixe dos lucros gerados pela exploração da filial russa (Campomos), vendida em Outubro aos finlandeses da Atria-Invest OY.

De acordo com a Comissão Nacional do Mercado de Valores, a facturação líquida da empresa alimentar cresceu 5,37% em termos homólogos, para 668,17 milhões de euros. Em contrapartida, o encarecimento das matérias-primas não foi bastante para impedir o recuo da dívida financeira, que há doze meses ascendia a 200 milhões de euros, e agora se fica pelos 166,7 milhões de euros (menos 16,6%). Entre as matérias-primas mais afectadas conta-se o suíno vivo, que custa agora mais 23% que em Agosto de 2007.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) fixou-se nos 53,28 milhões de euros, recuando 5,2% face ao ano transacto, quando valia 56,22 milhões de euros.

O volume de negócios total na Península Ibérica chegou aos 672 milhões de euros (aumento de 6%) e o EBITDA aos 50,5 milhões, graças ao bom desempenho das unidades de frescos e de transformados.

A Tabco, filial do Grupo na Roménia, verificou um volume de vendas de 25,2 milhões de euros, os quais comparam com 28,4 milhões no exercício económico de 2007. O EBITDA estabeleceu-se nos 2,8 milhões de euros, em virtude da alta dos preços das matérias-primas e do câmbio desfavorável.