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Preços das matérias-primas agrícolas elevados até 2017

Por a 15 de Outubro de 2008 as 2:00

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Os preços das matérias-primas agrícolas vão manter o seu custo elevado até 2017, devido ao aumento na procura de alimentos e à expansão dos biocombustíveis, o que vai induzir pressão sobre as existências, informou a Comissão Europeia em comunicado.

A projecção da Comissão foi realizada antes da alta do preço do petróleo verificada em Julho e sofre os efeitos do actual clima de incerteza provocado pela crise financeira, adianta a agência espanhola de notícias EFE.

Os produtos mais afectados são as oleaginosas, que registarão uma subida de preços entre 65% e 74% nos próximos nove anos, relativamente ao que se verificou na última década. O Brasil poderá tornar-se o maior produtor mundial, ultrapassando os EUA, enquanto a União Europeia (UE) conservará o estatuto de segunda maior importadora.

O milho surge no segundo lugar do pódio dos aumentos (60% a 70%), pressionado pelo crescimento da procura de biocombustíveis, em especial por parte da China.

Em terceiro lugar na lista surgem os produtos lácteos, que passarão a custar mais 50% a 60%. O crescimento de um terço previsto para este mercado não deverá impedir que a UE perca quota de exportação (com excepção do queijo).

No que respeita ao trigo, os preços deverão crescer 43% a 56% entre 2008 e 2017, em virtude da estagnação da produção na UE e nos EUA. O preço do arroz, que registou o maior agravamento em 2008, graças à colheita desfavorável no Sudeste Asiático, poderá aumentar entre 34% e 58% nos próximos nove anos.

O aumento da população mundial e do rendimento disponível nos países emergentes não impedirá que o preço da carne dispare 2,5% ao ano e 18% a 24% até 2017. O Brasil deverá assegurar, em 2017, 50% do crescimento do sector, e 30% das exportações.

Finalmente, a Comissão Europeia estima que a procura de açúcar crescerá mais rapidamente do que a respectiva produção. Em 2017, a UE deverá ser o maior importador e o Brasil o maior exportador (60%).

As projecções da Comissão Europeia baseiam-se nas estimativas da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

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