Editorial

Portugal vale a pena

Por a 3 de Outubro de 2008 as 9:30

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Com o mundo financeiro a viver dias complicados, com a mais recente falência do Lehman Brothers (4.º maior banco de investimento do mundo), o Bank of America a comprar por 50 mil milhões de dólares a Merryll Lynch, o FED (Reserva Federal norte-americana) ter salvo a AIG por 85 mil milhões de dólares e o Lyods ter comprado o rival escocês HBOS, são vários os analistas que admitem que é preciso uma injecção de cerca de 800 mil milhões de dólares para equilibrar o universo financeiro.

Em Portugal, naturalmente sujeito e afectado por estes “desequilíbrios” financeiros, ainda surgem boas notícias. E parece não haver falta de quem queira investir neste cantinho da Europa.

A Sonae Sierra já anunciou um investimento superior a 210 milhões de euros até 2010. O E.Leclcerc pretende investir 60 milhões por ano em território nacional, além dos planos de expansão já anunciados pelos restantes grupos de retalho a operar em Portugal (Sonae e Auchan). As aberturas de lojas têm vindo a surgir a um ritmo quase semanal.

Richard Branson veio a Portugal apresentar um investimento de 50 milhões de euros.

A próxima semana verá a chegada de um dos gigantes do mundo do café – Starbucks – com a abertura da primeira loja no Centro Comercial Alegro, defraudando os muitos que pensavam que a primeira loja iria ficar na Baixa lisboeta.

O curioso é verificar as declarações do presidente da Starbucks Coffee International, Martin Coles, ao semanário Expresso, pois para o responsável da cadeia norte-americana, “chegámos a Portugal no momento certo”. Ora, todos os dias ouvimos falar em crise, dificuldades, metas não cumpridas, revisões de crescimentos, desemprego, etc..

Todos sabemos que os portugueses têm um fascínio por tudo o que é novo, seja uma loja, tecnologia, gadget, livro e, talvez, seja nisso que o gigante norte-americano aposta.

Falta saber se os portugueses estarão dispostos a pagar pelos “caffè latte”, “espresso”, “cappuccino”, “caramel macchiato” ou “espresso machiato”. Preços de comparação existem, admitindo Coles ao semanário em questão que “se tivéssemos medo, não estávamos a abrir”.

Portanto. Medo da crise? Qual crise?

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