Conselho dos Notáveis

Conselho dos Notáveis

Por a 19 de Setembro de 2008 as 9:30

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A expansão da Sonae Distribuição para o mercado espanhol, a análise da DECO sobre os preços em Portugal, a oportunidade dos grupos de retalho nacionais no Norte de África e Médio Oriente e as acusações da Greenpeace aos supermercados portugueses foram as primeiras questões colocadas ao Conselho dos Notáveis. Além disso, o aumento do consumo de bebidas alcoólicas e a popularidade do vinho rosé.

1. Depois do insucesso registado no Brasil, a Sonae Distribuição decidiu recomeçar o trajecto internacional, primeiro, em Abril, com a Sportzone, e mais recentemente com a Worten, através da compra do parque de lojas da Boulanger, em Espanha.

A internacionalização da Worten tem tudo para dar certo: lojas de dimensão média, em número considerável, com presença nos grandes centros urbanos espanhóis, e recursos humanos experiente; 43.5%

É apenas o ponto de partida de um projecto de internacionalização que ambiciona chegar a 2010 com quatro formatos comerciais em quatro países; 17.8%

A estagnação que atravessa a economia espanhola vai trazer dificuldades ao plano de Nuno Jordão; 20.9%

O sector de electrodomésticos e electrónica de consumo espanhol é muito agressivo e competitivo. Será que a Worten vai conseguir acompanhá-lo? 17.8%
2. De acordo com o mais recente estudo da DECO, Braga, Porto e Vila Real são os distritos mais baratos. A variação de preços em relação às outras cidades portuguesas pode chegar aos 730 euros. Curiosamente, ou não, não é uma insígnia discount a “campeã” dos preços baixos.

As variações de preços entre Norte e Sul espelham bem os desequilíbrios existentes no País; 36.7%

A situação deve-se ao menor poder de compra do Norte; 13.3%

As insígnias discount permitem poupar em alguns produtos mas, por outro lado, praticam preços mais elevados nos restantes bens; 20%

Depois de toda a publicidade, é de facto curioso não ser uma insígnia de discount a mais barata. 30%
3. Um recente estudo da A.T. Kearny conclui que as oportunidade de investimento para os grupos de retalho portugueses estão localizadas no Norte de África e Médio Oriente.

São, de facto, duas regiões, onde os investimentos por parte da maioria dos retalhistas são fracos, podendo ser, na realidade, a grande oportunidade para os grupos nacionais; 29.6%

Estas duas regiões ainda possuem poucas infraestruturas e insegurança a mais para qualquer grupo retalhista querer investir; 31.1%

É curioso verificar que, quando todos os retalhistas apontam o Leste europeu como a região mais vantajosa em termos de investimentos, um estudo aponte o Norte de África e Médio Oriente como oportunidades para os investimentos nacionais; 34.4%

Os investimentos a efectuar nestas duas regiões serão de tal ordem, que os grupo retalhista nacionais as considerarão inviáveis. 4.9%
4. A Greenpeace acusou os supermercados portugueses de desrespeitarem a compra de peixe sustentável: os ambientalistas colocaram o Lidl na melhor posição e a Sonae Distribuição em último lugar no ranking.

Esses resultados não espelham a realidade porque vários supermercados não responderam a perguntas do inquérito, o que lhes garantiu pontos negativos; 27.1%

O Lidl ocupa a primeira posição porque o seu volume de vendas é inferior ao das restantes superfícies; 20.4%

Poucas cadeias de distribuição europeias respeitam a lista vermelha de espécies piscícolas; 18.5%

É inaceitável que as grandes superfícies não tenham uma política escrita de compra de peixe sustentável, como afirma a Greenpeace. 33.9%
5. De acordo com um recente estudo da Nielsen, o consumo de bebidas alcoólicas a nível mundial cresceu 6% em 2007.

É curioso verificar que, com tantas campanhas anti-álcool, o consumo registe uma subida; 16.4%

Esta subida deve-se, na sua maioria, aos mercados emergentes; 62.3%

Com o aumento dos preços das matérias-primas, esta realidade
deverá conhecer uma inversão já em 2008; 4.9%

É um sinal das inovações apresentadas pelas empresas do sector a nível mundial. 16.4%
6. Segundo a Wine and Spirit Trade Association (WSTA), a popularidade e consumo do vinho rose estão em alta a nível mundial.

Esta poderá ser uma boa oportunidade para os vinhos nacionais; 35.5%

Portugal não possui capacidade competitiva para concorrer com os grandes países produtores de vinho, como a Austrália, Nova Zelândia e Chile; 9.7%

Apostando na qualidade, e só neste pressuposto, Portugal poderá aumentar as exportações de vinho rosé; 48.4%

Esta tendência não passa de uma moda. Dentro de dois ou três anos poderá estar ultrapassada. 6.4%
Fonte: Dados recolhidos e trabalhados pelo Jornal Hipersuper; Universo de 76 pessoas, 62 respostas

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