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Governo francês desvenda plano para indústria do vinho

Por a 7 de Julho de 2008 as 2:00

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O Governo francês revelou recentemente um plano de cinco anos para a modernização da indústria do vinho, esperando, assim, melhorar a competitividade da fileira do país.

O plano de 16 páginas, que tem por objectivo reduzir a burocracia inerente a todos os processos relacionados com a fileira, ajudando desta maneira os produtores gauleses a competir melhor com os produtores do Novo Mundo foi aceite pela maioria do sector.

Os vinhos franceses irão, agora, adoptar uma de três categorias, sendo que a primeira adopta a designação de Vignobles de France – Vinhos de França – nos rótulos, substituindo assim a designação “vine de table”.

De acordo com o novo plano, nos rótulos irão aparecer a variedade das castas e o ano do néctar, ao mesmo tempo que podem ser produzidos com técnicas vitivinícolas de custos mais reduzidos já adoptadas pelo Novo Mundo.

As outras duas categorias incluídas no novo plano para a fileira vitivinícola francesa são IGP (Indication Géographique Protégée), substituindo “vin de pays”, e AOP (Appellation d´Origine Protegée), correspondendo esta a categoria AOC já existente.

Georges Malpel, responsável do Governo francês pelos sectores da fruta, vegetais, vinho e horticultura (Viniflhor), revelou ao decanter.com que o plano serve para “manter a tradição e ao mesmo tempo encaminhar o sector para a produção massiva”.

O plano, no entanto, não prevê a legalização da venda de vinhos na Internet. A única menção relativamente à Internet e à venda de vinho online, consiste na criação de um grupo de trabalho para o estudo do assunto, decisão que os profissionais do vinho não gostaram.

“É impossível falarmos de conquistar mercados ou sermos competitivos se, ao mesmo tempo, não temos acesso aos meios de comunicação mais modernos”, admitiu Pierre Menez, presidente da Associação dos Comerciantes de Vinho Franceses (AGEV).

Outras organizações, incluindo a União dos produtores franceses, o Comité Interprofessions des Vins “Appellations d´Origine” (CNIV), e a associação Vin et Société, que actualmente lutam por conseguir tornar a Internet como um meio autorizado para a publicidade de álcool, já vieram condenar o falhanço do plano em não incluir esta matéria.

“Não vale a pena modernizar o sector do vinho se nada for feito em relação a este problema”, disse Jean-Louis Salies, presidente da CNIV.

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