Sector de panificação sofre efeito da crise
A venda de pão recuou 30% e o comércio de pastelaria caiu 50%.
A revelação é de Carlos Santos, presidente da Associação do Comércio e Indústria de Panificação (ACIP). O responsável pela entidade que representa mais de 10 mil empresas panificadoras em Portugal, alertou, em declarações ao Jornal de Negócios, para a emergência de novos pobres no País.
“Os novos pobres são aqueles que trabalham e vivem nos centros urbanos e de repente viram o orçamento derrapar com o aumento dos juros, estão presos a créditos, e agora não têm margem para enfrentar a crise alimentar”. Também na classe idosa, o dinheiro é cada vez menos. “Entre comprar medicamentos e comida, escolhem os primeiros”.
Patrícia Gomes, da Federação das Cooperativas de consumidores, dá exemplos da escalada de preços em alimentos de primeira necessidade: “um pacote de esparguete de 500 gramas subiu de 36 para 59 cêntimos, em ano e meio. Uma carcaça passou de 10 para 15 cêntimos”.