Pescadores vêem luz ao fundo do túnel
Está dado o aval por parte da Comissão Europeia para que os Estados-membros avancem com medidas de auxílio aos pescadores face ao aumento dos combustíveis.
No máximo, serão canalizados trinta mil euros por barco em três anos, com a obrigatoriedade dos mesmos entrarem num plano de reestruturação a efectuar em seis meses. Por empresa, as ajudas não podem ultrapassar os 100 mil euros.
À agência Lusa, Jaime Silva, ministro da Agricultura, avançou “que a decisão da Comissão Europeia vem trazer a flexibilidade que os ministros com a pasta das pescas vinham pedindo” ao organismo europeu.
A comissão aprovou ainda a redução temporária dos contributos dos pescadores à segurança social e Joe Borg, comissário europeu para as pescas, avança mesmo ser necessário ir mais longe e garantir medidas de subsistência do sector a longo prazo. Para tal, Borg pretende financiar em 20 a 25 milhões de euros iniciativas que “promovam o valor do peixe no primeiro ponto de venda”. Isto é: garantir menor discrepância entre o valor a que o peixe é vendido na lota e aquele praticado pelos revendedores.
Os pescadores nacionais mostraram-se agradados com a decisão e António Miguel Cunha, Presidente da Associação dos Armadores de Pesca Industrial, explicou ao Jornal de Negócios o facto de Bruxelas ter, em grande parte, “satisfeito as necessidades que os pescadores consideravam fundamentais”.