Ultimato francês às quotas de pesca na União Europeia já começou

“É necessário alterar as políticas europeias em relação às quotas de pesca na UE” segundo Jean Thiébaud, secretário-geral do Sindicato das Pescas francês, que, em entrevista ao Diário de Noticias, disse “não ser justo Bruxelas atribuir 460 mil toneladas a um país fora da União, que ainda por cima pesca nas nossas águas, quando a nós (pescadores da EU) nos dão 200 toneladas anuais para 200 barcos.

Em França, a actividade piscatória está parada durante 48 horas, por motivos de greve. O Sindicato das Pescas apela a países como Portugal, Itália ou Espanha que se juntem nos protestos. “Lançámos este ultimato de 48 horas ao Governo francês para que baixem o preço do gasóleo na bomba de 75 para 40 cêntimos, porém, a greve serve ainda para que se tentem resolver outros problemas que nos afectam”, afirmou Thiébaud ao DN.

Na lista de reivindicações, para além de gasóleo mais barato, o sindicato quer a flexibilização das quotas pesqueiras (actualmente, com as quotas que vigoram actualmente, os 50 navios de pesca tradicional de Boulogne-sur-Mer, região francesa, têm de deitar ao mar 30% do que pescam) e isenção de cargas fiscais do trimestre de Abril, Maio e Junho, uma vez que, segundo Thiébaud explicou ao DN, “a isenção de cargas fiscais é a única forma de compensar os prejuízos com as perdas de captura que têm de lançar ao mar para cumpri as quotas europeias.