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Bruxelas dá resposta aos aumentos dos preços alimentares

Por a 28 de Maio de 2008 as 2:00

UE quer unificar legislação para simplificar mercado agrícola

De 19 a 20 de Junho, será discutido na Comissão Europeia, um documento que Bruxelas criou para atenuar os efeitos do aumento dos preços dos alimentos nos mercados mundiais. O Presidente da Comissão, o português Durão Barroso, considera que “a União Europeia reagiu com celeridade ao aumento repentino dos preços dos produtos alimentares. Estamos a ser confrontados com um problema com múltiplas causas e numerosas consequências”.

O documento de Bruxelas considera que os preços aumentaram por consequência de um declínio dos preços agrícolas nas últimas três décadas. Não obstante, a comissão indica ainda que a constante procura, seja de produtos alimentares, de base, ou de valor acrescentado, principalmente por parte das economias emergentes, são uma das causas estruturais do problema.

Bruxelas considera ainda que o aumento dos custos de energia também tem tido um efeito significativo nos preços, nomeadamente porque provoca um aumento dos custos dos factores de produção, tais como os adubos azotados, cujo preço aumentou 350% e o aumento dos custos dos transportes das mercadorias.

Sem nunca abordar a questão dos biocombustiveis, factor que a UE já afirmou publicamente não considerar muito relevante nestes aumentos, Durão Barroso disse ainda que “é necessário agir simultaneamente em várias frentes para solucionar o flagelo. As possíveis respostas politicas que hoje apresentamos, complementam as medidas que já adoptámos. Convidamos os Estados-membros a darem uma resposta europeia única a este desafio mundial”, concluiu Durão Barroso.

Quanto ao impacto na zona euro a Comissão considera que os aumentos nos produtos de base contribuíram para uma subida dos preços dos produtos alimentares, embora a valorização actual do euro limite as repercussões para os retalhistas.

Bruxelas concluiu, avançando que no futuro os preços deverão baixar, esperando poder confirmar essa tendência e que os mercados estabilizem.

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