Conselho dos Notáveis

Conselho dos Notáveis

Por a 16 de Maio de 2008 as 9:30

A criação de uma associação de Marcas Próprias em Portugal, a localização das superfícies comerciais, os estudos encomendados pelo Governo referentes à abertura do comércio aos domingos e feriados, bem como as importações da UE aos países em desenvolvimento foram as primeiras questões colocadas ao Conselho dos Notáveis. Além disso, as opiniões acerca dos pagamentos electrónicos e realidade da agricultura nacional.

1. Há pouco mais de um ano nasceu a Associação Brasileira de Marcas Próprias/Marcas de Distribuição. A criação de uma associação desta natureza em Portugal:
a) Desenvolveria o sector de marcas próprias nacional já que um dos desafios da associação passa por aumentar a confiança dos consumidores neste tipo de produtos. E todos ganhariam com isso, desde fabricantes a retalhistas. 20%

b) A necessidade de uma entidade representativa do sector é evidente já que os produtos de marca própria estão cada vez mais presentes no carrinho de compras dos portugueses. 25%

c) Face às dificuldades económicas actuais, traria ainda mais dificuldades aos fabricantes já que os produtos de marca própria praticam preços mais baixos. 30%

d) O mercado brasileiro, desde retalhistas, grossistas, produtores, distribuidores a prestadores de serviço, é enorme. Em Portugal, uma associação nacional de marcas próprias não faz sentido. 25%


2. De acordo com os dados da Direcção-Geral das Actividades Económicos, Portugal detém um total de 1.769 grandes superfícies comerciais, revelando ainda que existem 35 concelhos, dos 278 de Portugal Continental, sem um espaço desta natureza aberto ao público. 116 estabelecimentos estão sedeados em Lisboa, 74 no Porto, Sintra 62, Vila Nova de Gaia detém 52 e Loures 38.
a) Este número de superfícies comerciais é suficiente para um País tão pequeno como Portugal. 27.5%

b) Sem dúvida que a aposta do retalho passará, de agora em diante, a abrir espaços comerciais nas localidades mais pequenas. 57.5%

c) Apesar de este número, Portugal ainda continua longe da média europeia em termos de espaços comerciais. 5%

d) O Governo deveria limitar a abertura de mais espaços comerciais, de forma a proteger o comércio tradicional. 10%


3. O Governo encomendou três estudos para se decidir sobre as restrições de abertura dos hipermercados aos domingos e feriados, que incidem sobre o panorama noutros países europeus, o impacto da abertura ou fecho no emprego, e as consequências para o comércio tradicional.
a) É um investimento desnecessário suportado, novamente, pelos contribuintes. Já está provado que a legislação não serve os interesses dos consumidores. 30%

b) O Executivo está a tomar as devidas providências para tomar uma decisão com base em dados sólidos. 50%

c) Já há consenso entre os socialistas: a legislação contraria a tendência internacional de maior liberalização dos horários e não protege o comércio. 10%

d) A proposta do maior partido da oposição é a que melhor serve os interesses dos consumidores: dar aos municípios a decisão, já que a realidade das diversas zonas do País são tão díspares. 10%


4. De 2000 a 2006 as importações efectuadas pela Europa aos países em desenvolvimento aumentaram 58%, revelando a UE que os países da Ásia são os principais vendedores para a Europa.
a) É natural que, com a difícil conjuntura que se vive a nível mundial, as economias emergentes, logo com mão-de-obra mais barata, sejam beneficiadas. 40%

b) É urgente a União Europeia tomar medidas, de modo a travar estas importações e a privilegiar os produtos europeus. 17.5%

c) Países como a China, Índia, Tailândia, entre outros, possuem uma capacidade produtiva mais desenvolvida. Logo é natural que esta situação aconteça. 12.5%

d) Aplicadas taxas e impostos mais severos, tal como esses países aplicam aos produtos europeus, é possível que se encontrasse um equilíbrio. 30%


5. As empresas do sector da restauração ameaçam suspender os pagamentos electrónicos devido à discrepância dos impostos e taxas exercidas em Portugal face a outros países europeus, afirmou a Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP).
a) Esta medida só iria prejudicar os consumidores. 46.3%

b) O cumprimento desta ameaça em nada vem ajudar a resolução deste problema. 12.2%

c) Os impostos e taxas aplicadas à restauração em Portugal estão de acordo com os preços praticados pela mesma no nosso País. 9.7%

d) Tal como noutros sectores, também a restauração está a ser penalizada pela actual conjuntura económica. 31.8%


6. O ministro da Agricultura, Jaime Silva, prometeu recentemente um pacote de apoios no valor de 60 milhões de euros a fundo perdido ao investimento no sector agrícola, privilegiando a escala dos projectos.
a) Este apoio é insignificativo, dada a actual realidade da agricultura portuguesa. 24.4%

b) Depois de ano e anos a receber apoios provenientes da União Europeia, Portugal não soube aproveitar esses subsídios, pelo que estes 60 milhões de euros são suficientes. 12.2%

c) Dada a conjuntura actual e o aumento generalizado dos preços das matérias-primas, o Governo deveria dar mais apoio à agricultura nacional. 19.5%

d) Está na altura de Portugal não contar com os apoios europeus para desenvolver a sua agricultura. 43.9%

Fonte: Dados recolhidos e trabalhados pelo Jornal Hipersuper; Universo de 69 pessoas, 41 respostas

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *