Países produtores de arroz diminuem quantidades exportadas
O aumento de preços e a crescente escassez de arroz levou alguns dos maiores países produtores deste cereal a adoptar medidas drásticas em relação às quantidades exportadas, de forma a assegurar as as suas próprias necessidades.
A falta de arroz e a duplicação do seu preço nos mercados internacionais nos últimos três meses tem suscitado descontentamento e violência civil em alguns países, principalmente nos países asiáticos, como Paquistão e China.
Em causa está a a adopção de medidas favoráveis aos países produtores. O Vietname anunciou que vai reduzir a exportação de arroz, este ano, em quase um quarto, de forma a manter os preços baixos e a evitar os descontentamento popular.
A Índia proibiu a exportação de todos os tipos de arroz menos os de valor acrescentado. Já o Egipto estabeleceu uma proibição de seis meses na exportação do cereal. O Camboja proibiu igualmente qualquer envio de arroz, com a excepção de algumas entidades governamentais.
São vários os factores que estão a contribuir para o aumento de preços deste cereal. Entre eles o aumento do consumo em países muito povoados como Índia e China, assim como as secas e as fracas condições metrológicas ocorridas na Austrália.
A falta de investimento dos governos em infra-estruturas agrárias e o abandono por parte de os agricultores tradicionais deste cultivo por outros mais lucrativos, contribui do mesmo modo para a escassez deste alimento.
Como consequência, este boicote das exportações, por parte destes países, está a provocar um aumento ainda maior nos preços do arroz a nível mundial, ao mesmo tempo que estimula a insegurança das nações importadoras deste cereal.