Rendimento dos agricultores portugueses cai 5%

Portugal foi o terceiro país da União Europeia a verificar a maior queda no rendimento dos agricultores, em 5%, seguido pela Bulgária e pela Roménia, esta última com uma queda de 16,7%, de acordo com o comunicado da Eurostat.

Foram oito dos vinte sete países da União Europeia que viram os rendimentos dos agricultores descer. Grécia, com menos 0,3%, seguida pelo Chipre, Hungria, Malta, Itália, Portugal, Bulgária e Roménia.

Já o Norte da Europa foi onde se registou os maiores aumentos do rendimento real por agricultor. A Lituânia liderou com um aumento de 39,3%, a Estónia alcançou o segundo lugar com 22,5%, a República Checa cresceu os rendimentos em 20,9% e a Suécia logrou 16,5%. No Sul também se verificou crescimentos, como é o caso da Espanha, onde o rendimento agrícola aumentou 10,3% entre 2006 e 2007.

Apesar do decréscimo confirmado em oito países, isso não impediu que o conjunto dos vinte e sete registassem um incremento do rendimento real agrícola por trabalhador de 5,4%.

A produção agrícola contou com um crescimento de 4,3%, acima de tudo com os aumentos do valor das culturas, enquanto o de produção animal manteve-se praticamente estável, mais 0,6%. Já as culturas mais importantes, como cereais, vegetais e frutas, confirmaram decréscimo na produção.

No que diz respeito aos preços foram os cereais que registaram o maior aumento (46,2%), seguido pelas oleaginosas (21,9%). O leite foi outro dos produtos que aumentou (8,8%) apesar da produção se ter mantido estável. O azeite diminui, assim como a beterraba sacarina.

O Eurostat refere ainda que os custos de produção na agricultura aumentaram 5,8%, sobretudo devido à subida do preço das rações em mais de 14%. que reflectiram um incremento dos preços das culturas.