3,8 milhões para promoção dos vinhos portugueses

No ano em que comemora o seu 10.º aniversário, a ViniPortugal apresentou o plano para 2008, canalizando um total de 3,8 milhões de euros para a promoção dos néctares portugueses.

Finda a parceria entre a ViniPortugal e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a realização do Fórum Anual do Vinho foi aproveitada pela associação interprofissional para apresentar o plano estratégico para 2008.

De acordo com Vasco d´Avillez, os vinhos nacionais vão ter à sua disposição um total de 3,8 milhões de euros para promoção, canalizando 3 milhões para os mercados de exportação principais, investindo os restantes 800 mil em Portugal. Seguindo as indicações do Relatório Porter, a ViniPortugal irá continuar a apostar nos mercados dos Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha, recebendo os dois primeiros um milhão de euros cada, enquanto em terras germânicas serão investidos 600 mil euros. A estes 2,6 milhões de euros, juntam-se mais 400 mil euros que serão canalizados para a promoção dos néctares nacionais nos Países Nórdicos (Suécia, Finlândia e Noruega). Em território nacional ficarão 800 mil euros, salientando o presidente da ViniPortugal que o mercado doméstico representa dois terços do consumo da produção nacional.

Vendas aumentam
O anúncio deste plano de acção para os vinhos nacionais vem numa altura em que as vendas nos principais mercados de exportação registam um crescendo. De acordo com números avançados pela AC Nielsen, entre Outubro de 2006 e Outubro de 2007, as vendas de vinhos portugueses nos Estados Unidos da América registaram um aumento de 34,7% em valor e 11,3% em volume, ocupando Portugal o 8.º lugar em valor e 9.º lugar em quantidade.

Dora Simões, directora-geral da ViniPortugal, salientou no Fórum que os estudos da consultora apontam para um taxa de crescimento das vendas nos Estados unidos de 2,5% até 2011, voltando a admitir que o objectivo é atingir, em 2010, os mil milhões de euros de facturação nos mercados norte-americanos e britânico.

No mercado britânico, a performance dos néctares nacionais não teve registos tão positivos, tendo descido 1%, mas com os rosés a registarem uma subida de 4 pontos percentuais.

Quanto ao mercado alemão, Portugal tem vindo a baixar ligeiramente a sua quota de exportação, passando os néctares nacionais, de 2005 para 2006, de 1,2 para 1% de quota em volume, e de 1,7 para 1,4% em valor.

Mas o plano da ViniPortugal não contempla somente os mercados acima referidos, apontando as baterias, também, a mercados emergentes como Macau, Hong Kong, China, Angola, Índia, bem como a relevantes como Bélgica, Brasil, Canadá.

No que diz respeito ao mercado nacional, Vasco d´Avillez destacou o estudo estratégico sobre o mercado português, com o objectivo de fundamentar a campanha de publicidade que será desenvolvida a nível nacional, apostando fortemente nos segmentos mais jovens da população.

No final do Fórum, Roger Voss, jornalista da revista norte-americana Wine Enthusiast, deixou o desafio à ViniPortugal, bem como aos produtores portugueses, para apresentarem estratégias de promoção mais dinâmicas, fazendo uso das novas tecnologias através da Internet e num contacto directo com os importadores. E deixou os seguintes números: o consumo per capita nos EUA atingiu 12 litros anuais, representando um volume total de 30 milhões de hectolitros, correspondendo a 26 mil milhões de dólares (17,7 mil milhões de euros), concluindo que «estes números têm tendência para aumentar». Falta saber agora se Portugal consegue captar uma fatia deste mercado.