FMCG Vinhos

Menos vinho nacional

Por a 21 de Setembro de 2007 as 9:00

ivv

As últimas previsões de colheita para a campanha 2007/2008 do Instituto da Vinha e do Vinho apontam para uma quebra de 1,7 milhões de hectolitros. Embora isto represente menos 20 a 25% de vinho, esta quebra é para muitos bem-vinda, de modo a reduzir os stocks existentes

De acordo com a última estimativa (Agosto 2007) do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), a produção de vinho para a campanha de 2007/2008 poderá registar uma quebra entre os 20 e 25%, caindo para os 5,817 milhões de hectolitros, quando na campanha de 2006/2007 o volume totalizou os 7,532 milhões de hectolitros.

A razão para esta quebra de produção é atribuído ao ano agrícola caracterizado por um quadro de condições climáticas de um modo geral instáveis, tendo como resultado períodos bastante problemáticos em termos de impacto e condução e protecção da cultura da vinha.

Por regiões, o IVV aponta que o Minho poderá sofrer uma queda de 30%, totalizando 657 mil hectolitros, enquanto a região de Trás-os-Montes registe uma quebra de 22%, com o Douro a perder 18% e as restantes regiões cerca de 50%.

Nas Beiras, a quebra poderá situar-se nos 32%, com o Dão a perder 40%, a Bairrada 25 a 30% e as restantes regiões 30%. No Ribatejo o órgão máximo pelo vinho nacional prevê um decréscimo entre os 5 e 10%, enquanto na Estremadura é apontada uma quebra de 20%.

Nas Terras do Sado as estimativas ditam que a produção poderá cair 15% e no Alentejo este decréscimo deverá ficar entre os 25 e 30%. A região menos penalizada é o Algarve, apontando o IVV variação nula para a região, enquanto nas regiões insulares (Açores e Madeira) não são esperadas reduções significativas em termos de volume de produção, apresentando diminuições percentuais na ordem do 5 a 7,5%, respectivamente.

No que diz respeito à qualidade dos vinhos, são vários os especialistas e produtores que apontam para uma possível diminuição da produção dos néctares, revelando João Paulo Martins ao Diário de Notícias (DN) que, «apesar da vindima ainda ser uma incógnita, a qualidade dos vinhos, em geral, será fraca», prevendo «um ano dramático para as Cooperativas».

Já em relação ao preço dos vinhos, Dirk Niepoort revelou ao DN que esta situação poderá permitir reduzir os stocks existentes em muitas empresas e Cooperativas, «aumentar os preços das uvas junto dos produtores e suster o escândalo dos preços baixíssimos que se estão a vender os vinhos, sobretudo os das gamas inferiores».

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