Venda de remédios online em Outubro
Farmácias, parafarmácias e operadores da distribuição moderna podem comercializar medicamentos de venda livre a partir da Internet já em Outubro. O diploma, que permite a criação de farmácias virtuais e nasceu ao abrigo da lei que regula a liberalização da propriedade das farmácias, já foi publicado.
Carlos Pires, porta voz do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), afirmou ao Expresso que «o comércio de medicamentos através da Internet é uma realidade em expansão de difícil controlo, dadas as especiais características deste meio», por ocasião da publicação dos resultados de um estudo internacional que concluiu ser um risco para a saúde do consumidor adquirir remédios na Internet.
A grande maioria das farmácias virtuais não está dotada de credenciais para vender medicamentos, os remédios não são sujeitos a controlos rigorosos como nas lojas convencionais, comercializam medicamentos perigosos para a saúde (sem receita médica), e não asseguram a privacidade do consumidor, concluiu a MarkMonitor, empresa norte-americana que se dedica à protecção das marcas e investigou mais de três mil farmácias online.
As vendas nacionais de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias nos primeiros sete meses do ano foram cinco vezes superior aos resultados do período homólogo de 2006 e registaram 5,5 milhões de euros, segundo o relatório mensal do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).