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Pão à mesa, com certeza!

Por a 27 de Julho de 2007 as 9:00

 pão

Presença assídua nas mesas dos lares portugueses, o pão nunca deixa de “estar na moda”. Quer seja congelado ou pronto a comer, pão de forma ou tradicional, de conveniência ou pastelaria, o mercado nacional da panificação geral está em “forte crescimento”, impulsionado pelos produtos integrais e saudáveis

Dentro do mercado da panificação, o segmento de pão de forma tem registado um aumento na ordem dos 6% e outra das categorias que também tem crescido são as massas ultra-congeladas. Ambos estão associados ao tipo de vida moderna e produtos “Convinience”. «Os produtos designados de “commodities” (baguettes) ainda têm um peso relevante, mas tem-se assistido nos últimos anos a um forte crescimento dos rústicos e tradicionais», afirma o Frozen Product Manager da Bakemark Portugal, Filipe Ramos, empresa que comercializa as marcas “Baker & Baker”, “Croexa” e Panibom.

Dentro do segmento de pão de forma, o pão branco é o rei à mesa, com mais de 84% do valor total facturado, no entanto os integrais conquistam lentamente o seu espaço, representando já 16%, e são estes que «têm vindo a apresentar crescimentos mais elevados face a anos anteriores», explica a directora de marketing da Bimbo, Luísa Pereira.

A Bimbo foi pioneira ao lançar pão de forma sem côdea e, recentemente, a empresa aventurou-se numa outra inovação: Bimbo Côdea Branca, «um produto diferente de qualquer outro existente no mercado e com um grau elevado de aceitação por parte das consumidoras», revela a responsável. Apesar de o pão ser um alimento tradicional da dieta portuguesa, o consumidor procura cada vez mais produtos diferenciadores, com valor acrescentado. «Temos assistido a acentuados crescimentos dos produtos rústicos e saudáveis. Neste sentido têm surgido produtos com baixo teor de sal, ricos em fibras, enriquecidos com Ómega 3, cálcio, etc.», afirma o responsável da Bakemark. No caso da panificação ultra congelada, os produtos de conveniência, com menor tempo de cozedura, também têm tido elevada procura.

Marcas próprias muito fortes
No mercado do pão de forma, as marcas próprias têm uma posição muito forte, valendo 54,9% em volume, baixando para os 35,9% em valor, segundo dados da TNS. A sólida posição das marcas de distribuição dá-se «muito por força dos discounts», afirma Luísa Pereira.

Em relação à quota das marcas, a Panrico assume confortavelmente as preferências dos portugueses, com 28,1% em volume e 38,9% em valor. Em segundo lugar destaca-se a Bimbo, com 12,2% em volume e 21,2% em valor.

Já no mercado de massas congeladas, a Bakemark «assume a posição de liderança», com a vantagem de não existirem marcas próprias nesta categoria.

A distribuição moderna «tem aumentado a sua importância nos últimos anos e prevemos que continue a crescer», refere Filipe Ramos. Em relação ao peso das insígnias, o Minipreço/Dia é o preferido dos portugueses, representando 22,8% do volume total de pão de forma foi comprado neste discount, e 18,2% do valor gasto pelos lares compradores destes produtos. Logo de seguida, encontram-se Modelo, o Lidl e o Continente.

Portugueses exigentes
A importância do pão na alimentação diária dos portugueses faz com que o consumidor nacional seja bastante exigente e tenha um padrão de consumo diferente de outros países. «Por um lado temos a boa qualidade no pão tradicional português, por outro uma das grandes vantagens do pão de forma é ser fofo, o que no nosso país não será tão relevante uma vez que existem inúmeras variedades de pão tradicional que são macias», afirma a responsável da Bimbo.

Por isso, um dos objectivos da marca é implementar e fazer o mercado de pão de forma, que «embora não seja visto como um substituto do pão tradicional, é necessário mudar certos hábitos de consumo e fazer com que o consumo se estenda a diversas épocas do ano e a vários momentos de consumo em casa», termina.

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