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Aceitar um novo desafio profissional?

Por a 13 de Julho de 2007 as 9:00

nuno martins de freitas

Durante o percurso profissional, há momentos em que somos confrontados com a possibilidade de abraçar um novo projecto, quer através de oportunidades externas (anúncios de emprego ou convites directos), quer por uma questão de interesse pessoal em conhecer novos desafios e desenvolver novas competências, ou mesmo por variáveis relacionadas com a situação da actual empresa ou com aspectos de cariz pessoal.

No momento agitado em que o mercado de trabalho se encontra, onde as oportunidades de emprego dão sinais de crescimento, a avaliação de um novo projecto deverá ter em conta os seguintes aspectos:

– Sector de actividade: Se o sector revela estabilidade, crescimento, inovação, visibilidade, reconhecimento e oportunidades;

– Empresa: Se a instituição em causa é reconhecida no mercado nacional e/ou internacional pela sua posição, idoneidade, resultados, competências dos seus colaboradores, qualidade dos seus produtos / serviços, relação com clientes e fornecedores, condições de trabalho e infra-estruturas;

– Posição: Se a função implica uma progressão de carreira ou uma consolidação de conhecimentos adquiridos, contacto com novas realidades e novos interlocutores e, sob o ponto de vista curricular, se se trata de uma evolução natural e sustentada;

– Responsabilidades: Para além da definição detalhada das principais tarefas, atribuições, responsabilidades, objectivos, reports e hierarquias, é importante perceber se, enquanto candidatos, temos desenvolvidas as competências técnicas e comportamentais, bem como a disponibilidade necessária para desenvolver, com rigor e profissionalismo, a função;

– Cultura: A cultura de uma empresa poderá condicionar, de uma forma inequívoca, o desempenho de um profissional, ainda que este tenha reunidos todos os skills necessários para a função. É fundamental procurar conhecer a Missão e Valores da companhia, ambiente de trabalho, formalidade, média de idade dos colaboradores, ambiente nacional versus internacional, competitividade, regulamentos internos, procedimentos e autonomia, entre outros;

– Desenvolvimento de carreira: A possibilidade de progressão de carreira é, provavelmente, o aspecto mais importante no momento da tomada de decisão. A apresentação de um plano de carreira, o crescimento funcional, a rotação entre departamentos, a possibilidade de carreira internacional, são aspectos que deverão ficar clarificados e acordados entre ambas as partes, em função do desempenho demonstrado e resultados alcançados;

– Remuneração e Benefícios: Este é o assunto que normalmente fica para o fim das negociações e que deverá ser estudado em detalhe. Mais do que o valor da remuneração fixa, é igualmente importante a valorização da componente variável em função de objectivos claros, ambiciosos e realistas. Benefícios e regalias sociais como por exemplo viatura, seguro de saúde, seguro de vida, PPR, stock-options, formação e benefícios sociais em vigor na empresa, deverão ser igualmente estudados e valorizados.

Nuno Martins de Freitas, Executive Manager Michael Page International

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