Distribuição

Mosqueteiros facturam 1.7 mil milhões

Por a 1 de Junho de 2007 as 16:00

O grupo Os Mosqueteiros atingiu um volume de facturação de 1,654 mil milhões de euros no final de 2006. Comparando com os 1,555 mil milhões obtidos no exercício anterior, o crescimento do grupo situou-se nos 6,4%.Na apresentação dos resultados do grupo ficou claro que as insígnias alimentares representam a maior fatia das receitas do grupo, com um total de vendas superiores a 1,5 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 5,6% (ver quadro).

Para o presidente do grupo, Fausto Fernandes, «Os Mosqueteiros registaram um forte crescimento em Portugal graças, sobretudo, ao reconhecimento da qualidade dos produtos comercializados, associada a uma política de preços vantajosa, ao dinamismo comercial, demonstrado no sucesso do cartão de fidelidade do grupo, e à aposta numa comunicação coerente e próximo do consumidor».

Fausto Fernandes acrescentou ainda que «a política de investimento permitiu canalizar mais de 20 milhões de euros para a abertura de novas lojas e para a melhoria das infra-estruturas», referindo, também, que, «em 2006, e contrariando o cenário de crise económica do País, abrimos 17 novas lojas e cinco novos postos de abastecimento de combustíveis e fomos responsáveis pela criação de 361 novos postos de trabalho».

Aumento de quota: só por aquisição
Quanto ao futuro, Fausto Fernandes garantiu a continuidade da política de expansão e melhoria das infra-estruturas que o grupo tem vindo a cumprir. «O grupo Os Mosqueteiros tem previsto para este ano um investimento total na ordem dos 60 milhões de euros», revelou o presidente do grupo, sendo que, do total, mais de 24,5 milhões serão investidos na construção e 34 milhões na aquisição de terrenos.

A este investimento acresce a aquisição da cadeia Marrachinho – situação que estará resolvida no início de Junho de 2007 – e permitirá ao grupo crescer uns adicionais 4%. Os Mosqueteiros prevêem ainda abrir 42 lojas até ao final do ano, dividindo em parte iguais (50-50%) as aberturas de Alimentar e Não Alimentar.

Claro ficou, também, que, para haver crescimento ao nível da quota de mercado, «este só poderá acontecer por aquisição. Sabemos que não existe muita coisa para comprar, mas a investir, preferimos fazê-lo na região de Lisboa e Porto, zonas onde estamos com quotas mais fracas», garantiram os responsáveis do grupo, salientando que «um processo de aquisição leva tempo e há que estudar muito bem os dossiers».

O ano 2007 será ainda marcado pela continuidade na aposta em marcas próprias, esperando um crescimento na ordem dos 10% para este segmento, representando estas actualmente cerca de 18% das vendas alimentares do grupo, com um total de 1.537 referências, sendo que 618 são produtos desenvolvidos «para responder às necessidades específicas dos consumidores portugueses. “Os consumidores não associavam as nossas marcas ao grupo e foi necessário alterar a estratégia neste ponto. Queremos ver estas marcas crescer e aumentar de quota», garantindo Fausto Fernandes que estas representarão, em breve, 30% do oferta existente nas lojas, aproximando-se assim dos 35% que actualmente as marcas próprias detêm dentro do grupo em França. «As marcas próprias têm de ser capazes de criar espaço próprio e uma base de confiança junto do consumidor».

AGRO e exportação
De referir que já nos primeiros meses deste ano, o grupo reforçou a sua aposta com o programa AGRO, tendo estabelecido com o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas uma cooperação estratégica que permitiu assinar 14 novos contratos com produtores nacionais em áreas como a carne e peixe. Estes novos contratos representam um crescimento de vendas no programa de 33 milhões de euros para os 57 milhões de euros.

A par dos investimentos efectuados no projecto AGRO, as exportações são outro dos negócios que Os Mosqueteiros gostariam de ver crescer. «Queremos contribuir para o crescimento da nossa economia», garantiu Fausto Fernandes, sublinhando que o grupo está bem implementado junto das comunidades portuguesas existentes em França, podendo, assim, «tirar partido da qualidade dos nossos produtos, além do Vinho do Porto, actualmente responsável por cerca de 20 milhões de euros em exportações. Queremos levar mais produtos portugueses para o estrangeiro», garantiu o presidente do grupo, lançando, de certa forma, o desafio aos produtores portugueses a associarem-se a esta campanha.

Alterada vai ser a insígnia Vêtimarché, passando a designar somente Vêti, não excluindo os responsáveis do grupo outras mudanças, situação que em França já está a decorrer.

Posta de parte não foi também a ampliação dos centros logísticos do grupo, revelando o presidente de Os Mosqueteiros que «as actuais centrais são insuficientes». Assim, além da ampliação do centro de Alcanena, a decisão relativamente à abertura de um 3.º entreposto, situado no centro do Alentejo, deverá ser tomada antes do Verão.

Quanto à recente reivindicação feita pela APED (associação da qual os Mosqueteiros não fazem parte), Fausto Fernandes foi claro: «de preferência fechava ao Domingo», concluindo que, ao contrário do que a associação tem vindo a argumentar, «a produtividade e rentabilidade não irá aumentar».
As lojas Mosqueteiros
130 Intermarché

58 Écomarché

24 Bricomarché

23 Stationmarché

15 Vêtimarché

3 Netto
As bases Mosqueteiros
Norte
Paços (Mista Alimentar)

Superfície: 30.000m2

Referências: 6.700

Lojas: 84

Centro
Cantanhede (Mercadoria Geral)
Superfície: 20.000m2

Referências: 10.100

Lojas: 217

Litoral

Peniche (Peixe)

Sul
Alcanena (Mista Alimentar)

Superfície: 35.000m2

Referências: 6.850

Lojas: 115

Torres Novas (Carne)
Superfície: 12.000m2
Lojas: 190

Riachos (Rotações Lentas)
Superfície: 12.000m2

Referências: 3.876

Lojas: 192

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *