Distribuição

Confiança dos consumidores em baixa

Por a 6 de Fevereiro de 2007 as 15:14

Vendas e emprego no comércio a retalho crescem em Julho

Em Janeiro e de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores deteriorou-se tenuemente, não retomando a tendência de recuperação verificada entre Fevereiro e Outubro de 2006.

Enquanto as expectativas sobre a situação financeira do lar e económica do País registaram um novo agravamento, as perspectivas de evolução do desemprego recuperaram e as expectativas de poupança permaneceram estáveis. De facto, as expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar e económica do País pioraram nos últimos três meses, mais acentuadamente em Janeiro, interrompendo as tendências ascendentes iniciadas em Outubro e Setembro de 2005, respectivamente. As perspectivas de evolução do desemprego retomaram o movimento favorável iniciado em Fevereiro, após dois meses de estabilização.

As perspectivas de compra de bens duradouros degradaram-se, não prolongando o movimento favorável dos três meses anteriores, depois de terem atingido em Setembro o pior valor dos últimos dez anos. As avaliações sobre o grau de poupança do agregado familiar também se deterioraram pelo segundo mês consecutivo, contrariando a tendência ascendente iniciada no princípio de 2006.

As apreciações sobre a evolução passada e futura dos preços apresentaram-se ascendentes; no primeiro caso, a evolução do período de referência veio interromper o movimento descendente dos seis meses anteriores, enquanto no segundo caso se deu a segunda subida consecutiva, especialmente intensa no corrente mês.

Pelo contrário, as opiniões sobre a situação económica do País atingiram o máximo desde Junho de 2001, prolongando a tendência favorável iniciada em Novembro de 2005. As apreciações sobre a compra de bens duradouros no momento actual mantiveram o movimento ascendente iniciado em Junho, após terem atingido em Maio o mínimo histórico da série.

Quanto à conjuntura do comércio, o indicador de confiança do Comércio do INE prolongou, em Janeiro de 2007, o movimento desfavorável iniciado em Novembro, após ter apresentado em Outubro o valor mais elevado dos dois anos anteriores. No mês de referência, a evolução do indicador foi determinada pela degradação de todas as suas componentes, opiniões sobre a actividade corrente, avaliações sobre as existências e perspectivas de actividade, mais intensa no último caso. O agravamento do indicador resultou da deterioração registada em ambos os subsectores, mas com maior expressão no Comércio por Grosso onde se pode observar um acentuado perfil descendente nos últimos três meses.

O agravamento das opiniões sobre a actividade corrente deveu-se ao comportamento desfavorável observado em ambos os subsectores, em especial no Comércio por Grosso onde esta variável prolongou o movimento descendente iniciado em Novembro. As apreciações relativas ao volume de vendas degradaram-se ligeiramente nos últimos dois meses. A evolução de Janeiro foi determinada pelo agravamento apresentado no Comércio por Grosso, uma vez que no Comércio a Retalho se deu uma intensa melhoria, tal como nos três meses anteriores.

À semelhança do ocorrido no mês anterior, a deterioração das avaliações sobre as existências em armazém resultou da degradação observada no Comércio por Grosso, visto que no Comércio a Retalho as opiniões apresentaram uma ténue melhoria. As apreciações relativas aos preços prolongaram o movimento ascendente do mês anterior, que se seguiu à intensa descida observada entre Agosto e Novembro. A evolução do período em análise foi determinada pelo movimento ascendente registado no Comércio a Retalho, uma vez que no Comércio por Grosso se deu uma descida ligeira.