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Centros comerciais à frente nas compras de Natal

Por a 10 de Novembro de 2006 as 16:51

Centros comerciais à frente nas compras de Natal

Os centros comerciais são o local preferido por 35% dos portugueses para a realização das compras de Natal. Embora a maior parte da população – 38% – ainda não saiba que tipo de prendas oferecer, cerca de 35% afirma que a sua escolha recairá sobre roupa. Segundo a sondagem da Marktest, 21% dos portugueses pensam gastar entre 51 e 150 euros, e 43% farão as compras durante as duas primeiras semanas de Dezembro.

Tendo em conta o tipo de loja, hipermercados e comércio tradicional são, respectivamente, segundo e terceiro classificados, com 22% e 15% das intenções de compra. A preferência pelos supermercados é menos significativa – 6% –, sendo superada pelos 16% que ainda não sabem ou não respondem. Os restantes 7% atribuem-se a outras superfícies.

Os brinquedos são objecto de preferência de 21% dos inquiridos, os perfumes de 14% e os livros de mais de 13%. Em último lugar surgem a música e os objectos de decoração, com 6% e 8%, respectivamente. Também aqui se revela a tendência portuguesa para a tomada de decisões “em cima da hora”: a maior parte dos inquiridos – 38% – ainda não sabe o que vai comprar.

A mesma tendência nas respostas relativas ao valor das compras, possivelmente devido à relutância dos inquiridos em revelar esse dado: 34% não sabem ou não dizem quanto pensam gastar, 22% pensam despender entre 51 a 150 euros, 17% de 151 a 250 e 15% entre 251 e 500 euros. As classes mínimas e máximas têm as percentagens menos significativas: 8% gastarão até 50 euros, 6% mais de 500 euros.

Apenas 1% da população já começou a fazer as compras de Natal. A maior parte guarda-as para as duas primeiras semanas de Dezembro, sendo que 27% as fará em Novembro e 21% na semana antes do Natal.

Esta sondagem é divulgada pela Marktest um dia depois de fazer saber que Lisboa e Albufeira são os concelhos com maior índice de consumo no Continente. Resultando de um rácio entre o índice de poder de compra regional e o índice de população, o índice de consumo traduz a riqueza média por habitante. Sendo 100% o valor médio nacional, Lisboa e Albufeira têm 257,2% e 230,63%, respectivamente, seguidos de Porto, Oeiras e Loulé.

No total, 49 concelhos têm índices superiores à média, dos quais muitos são do Alentejo. Seis concelhos do Algarve estão entre os dez com valores superiores. Motivos diferentes explicam cada um destes casos: no primeiro caso, a desertificação dos concelhos alentejanos; no segundo, o elevado poder de compra, dada a vocação turística da região mais a sul do continente.