FMCG Vinhos

Engano chinês

Por a 4 de Outubro de 2006 as 18:43

De acordo afirmações do delegado do ICEP em Xangai, Manuel Couto Miranda, ao Diário de Notícias (DN), «os falsos parceiros são a principal dificuldade e a maior ameaça para os empresários portugueses que se queiram estabelecer na China». Segundo o responsável pelo organismo tutelado pelo Estado, foram vários as empresas de vinhos portuguesas prejudicadas, alertando Manuel Couto Miranda para as companhias chinesas fictícias que simulam encomendas e assinam contratos e posteriormente lesam as empresas nacionais.

«Geralmente, a suposta empresa chinesa organiza uma viagem à China para os empresários portugueses e faz uma cerimónia de assinatura de contratos», afirmou ao DN, Manuel Couto Miranda. No entanto, quando as empresas regressam a Portugal a realidade é completamente diferente. Em vez de encontrar do lado chinês uma empresa organizada e com vontade de importar os néctares nacionais, encontram telefones que não funcionam, nomes que não existem, etc..

Ora, como a legislação chinesa obriga a qualquer empresa estrangeira a estabelecer parcerias com companhias chinesas, não é tarefa fácil distinguir com quem fazer negócio. Mas engane-se quem julgue que este problema é exclusivamente português. De acordo com o delegado do ICEP em Xangai, todas as empresas europeias correm estes riscos. «Os empresários podem pedir ao Icep informação sobre determinada companhia chinesa», refere Manuel Couto Miranda, salientando que o organismo tutelado pelo Ministério da Economia contacta as autoridades chinesas com o objectivo e saber se a companhia em causa é legítima ou não.