Reforma do sector não extingue IVV

«O IVV (Instituto da Vinha e do Vinho) não será extinto, mas vamos reduzi-lo substancialmente». Estas foram palavras do ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, ao Diário Económico, ressalvando-se, contudo, que a extinção não está prevista para “já”. A tão anunciada reforma do sector vitivinícola nacional passará pela redução das CVR´S, mantendo assim o Instituto responsável pelo vinho em Portugal na estrutura orgânica do Estado. Sem anunciar o valor dos cortes a efectuar, o último Orçamento de Estado prevê uma redução de três por cento nas verbas destinadas ao IVV. Na última edição da Hipersuper (N.º 166), as principais personalidades do sector vitivinícola nacional – Manuel Pombal (presidente do IVV); Vasco d´Avillez (presidente da ViniPortugal), Paulo Amorim (presidente da ANCEVE e G7) e José Manuel Costa e Oliveira (presidente da Fenadegas) – exprimiam a preocupação relativamente a este assunto, bem como a entrada em funcionamento da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), apontando «a criação de um vazio no sector». Por altura da realização de uma Mesa Redonda para discussão do sector do vinho em Portugal, Manuel Pombal referia que «certamente que existe uma opção no sentido de centralizar num único organismo o controlo e fiscalização do sector agro-alimentar», salientando Vasco d´Avillez estar-se então «a falar de medidas que não têm atitude integra».