Bebidas

Unicer estuda entrada no mercado africano

Por a 6 de Dezembro de 2005 as 10:45

A Unicer prevê encerrar as vendas internacionais deste ano com 120 milhões de litros de bebidas vendidas, o que corresponderá a um crescimento de 23 por cento face ao ano passado, revela Ferreira de Oliveira em entrevista ao Diário de Notícias. Um número que está muito próximo dos «20 por cento da produção, que representa já um esforço relevante e uma actividade empresarial que pesa na nossa conta de resultados. Em 2002 exportávamos apenas 52 milhões de litros», afirma.

O crescimento deve-se às vendas efectuadas nas Américas (Canadá, EUA. Brasil, Antilhas Francesas e Bermudas) onde a Unicer cresceu 14 por cento, e na Ásia, continente onde registou crescimentos de dez por cento. «A rentabilidade por litro vendida no mercado externo é muito próxima da obtida em Portugal», explica Ferreira de Oliveira.

A empresa encontra-se a analisar uma eventual internacionalização para o mercado do Magrebe. «Estamos a estudar se conseguimos entrar com produtos que pensamos ser atractivos para o mercado local. Estamos a completar o estudo, a ver oportunidades, riscos e canais de distribuição», revela. Outro dos mercados em vista é o Brasil. «Estamos a estudar uma oportunidade de crescer. Mas não é com a cerveja, porque o Brasil é um grande produtor (…) mas há outros, claramente o vinho. É um mercado pequeno hoje, mas pode ser relevante a médio prazo. Outro dos mercados que pode oferecer oportunidades de crescimento interessante em termos de exportação são os EUA e países como a Alemanha, Suiça, Inglaterra, Luxemburgo e França, onde sentimos um alargamento da nossa influência», acrescenta o presidente da Unicer.

No entanto, «Portugal ainda é o mercado natural da empresa, mas gostaríamos de crescer em Espanha, com operações muito bem estabelecidas, para que a Península Ibérica seja o nosso mercado natural. Operamos em Espanha focalizados em quatro regiões, Galiza, Andaluzia, Grande Madrid e Levante, e já temos 30 distribuidores. Vamos chegar até ao fim do ano com 45, que constituirão a alavanca de crescimento para 2006», conclui Ferreira de Oliveira.