Vendas da Nestlé Portugal crescem 3% para €500 milhões em 2018
A Nestlé Portugal registou vendas de 500 milhões de euros no ano passado, o que representa um crescimento orgânico de 3,2% em relação ao ano anterior. “O crescimento orgânico local foi de 4,9% “, disse Paolo Fagnoni, diretor-geral da filial portuguesa da Nestlé, esta quinta-feira, no seu encontro anual com a imprensa. Um total de 8% das vendas resultaram de produtos inovadores lançados no mercado, um crescimento de 39% face a 2017.
A maioria das categorias trabalhadas pela multinacional do setor alimentar contribuiu para o crescimento das vendas. “Segundo um relatório da Nielsen, a Nestlé está a aumentar a quota de mercado em oito das 12 categorias onde marca presença”, acrescentou.
Concretamente na categoria de café, as vendas aumentaram 3,5% face ao ano passado. “A Dolce Gusto apresenta um crescimento de 4,7% e está entre as dez marcas de bens de grande consumo que mais crescem em Portugal”, indica Paolo Fagnoni. O café representa 55% do volume de negócios da Nestlé em Portugal.
O negócio do pet food, por sua vez, cresceu 6% no ano passado. “A categoria tem vindo a aumentar vendas em Portugal, e também na Europa, nos últimos anos à boleia do crescimento da procura por produtos com ingredientes naturais e de proteínas de qualidade”, explica o diretor-geral.
Já nos segmentos de nutrição infantil e no de confeitaria, as vendas cresceram cerca de 7% no ano passado. A categoria de cereais de pequeno-almoço, pelo contrário, decresceu em volume e em valor. “Esta quebra está ligada ao conteúdo de açúcar destes produtos. Esta categoria precisa de uma grande transformação, sobretudo na oferta infantil e nós estamos a trabalhar para isso. Queremos trazer o crescimento de volta a esta categoria”, adianta.
As exportações da empresa a partir das fábricas portuguesas cifraram-se no ano passado em 53 milhões de euros, que representa uma redução face a 2017. A diminuição está relacionada com a venda da fábrica de leite em pó nos Açores que fornecia, sobretudo, fábricas do grupo fora de Portugal.
No que diz respeito ao investimento, a empresa aplicou cerca de 70 milhões em Portugal no ano passado. Cerca de 50 milhões de euros em atividades de marketing e mais de 19 milhões para melhorar as fábricas do Porto e Avanca, como parte de um investimento global de 40 milhões de euros. “Vamos aumentar o investimento em marketing em 2019, sobretudo nas atividades digitais”, anuncia.
A empresa fechou 2018 com 2066 trabalhadores, mais 144 do que tinha em 2017.