Distribuição

JM de olhos postos nas lojas Casino

Por a 27 de Abril de 2006 as 14:57

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O grupo Jerónimo Martins (JM) está a estudar a possibilidade de comprar activos da cadeia de lojas Leader Price a operar na Polónia, detida pela Casino. O interesse foi manifestado ontem por Luís Palha, presidente da comissão executiva da JM, um mês depois do grupo francês ter admitido que poderá vender cerca de dois milhões de euros em activos naquele país.

«Tudo o que acontece em Portugal e na Polónia não nos é indiferente», afirmou Luís Palha, por ocasião da apresentação da nova imagem Pingo Doce. No entanto, o presidente esclareceu que não quer comprar a totalidade das lojas da cadeia de discount Leader Price (200), pois existem unidades muito próximas às da JM e com dimensões e formatos semelhantes às lojas Biedronka.

A Casino detém ainda uma rede de hipermercados na Polónia a operar sob a insígnia Géant, mas a JM anunciou não ter interesse em comprar estas unidades. No que diz respeito à rede Biedronka, o presidente garantiu que esta vai continuar a ser alvo de investimentos. A empresa portuguesa prevê abrir mais 100 unidades na Polónia durante este ano, num investimento avaliado em mais de 100 milhões de euros.

Em parceria com a Associação Nacional de Farmácias, a JM está a levar a cabo um estudo sobre o mercado dos medicamentos na Polónia. O grupo tem dois projectos em cima da mesa para desenvolver esta área de negócio: vender medicamentos não sujeitos a receita médica nas unidades Biedronka e criar lojas dedicadas em exclusivo à venda de fármacos.

Quanto a Portugal, a JM continua a trabalhar, em conjunto com a APED, na vertente legal da venda de medicamentos de venda livre e adianta que até ao final do ano tudo pode estar resolvido. Actualmente, o grupo está a trabalhar na remodelação das lojas Pingo Doce, que estão a ser alvo de transformações em termos de sinalética, arrumação, decoração e organização de loja, um investimento estimado em 20 milhões de euros.

O Pingo Doce situado nos Olivais Shopping apresenta outra novidade: a cozinha industrial, um espaço que vai permitir dar formação aos colaboradores e criar novas receitas de marca própria. As novas cozinhas vão ser instaladas apenas em supermercados com vendas superiores a quatro milhões de euros anuais. A JM pretende ainda ter postos de abastecimento de combustível em pelo menos metade das suas lojas a operar em Portugal, sendo que actualmente ainda só explora este negócio num supermercado Feira Nova.