Unilever recebe “OK” para compra da Alberto Culver

A Unilever recebeu recentemente, por parte do Departamento de Justiça dos EUA, a autorização para completar a aquisição total da Alberto Culver, companhia norte-americana especialista em produtos de beleza e cosmética, devendo ficar este processo terminado a 10 de Maio de 2011, por um valor próximo dos 3,7 mil milhões de dólares.

Paul Polman, CEO da Unilever, refere, em comunicado, estar “satisfeito por ter recebido autorização necessária por parte das entidades competentes para completar esta aquisição que colocará a Unilever um passo mais próximo da transformação. O acordo aumenta a presença da Unilever em categorias atractivas e de crescimento rápida e importa um portfólio de marcas apetecidas que aumentam quota”.

Além disso, o responsável máximo da Unilever acrescenta que este negócio dá à companhia a “oportunidade de utilizar escala, alcance e tecnologia para colocar as marcas da Alberto Culver noutro nível em mercados existentes, ao mesmo tempo que nos permite usar a nossa presença sem paralelo em mercado emergentes para expandir estas marcas”.

O acordo para a aquisição da Alberto Culver é um os mais recentes negócios da Unilever, depois da compra da Sara Lee, em 2010, da TIGI, em 2009, e de negócios de gelados na Rússia, Grécia e Dinamarca. Esta compra por parte da Unilever permite à companhia anglo-holandesa melhorar o mix do portfólio de marcas em área de maior crescimentos e mercados em desenvolvimento, ao mesmo tempo que preenche algumas falhas nas categorias que registam maiores evoluções nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Com esta aquisição a Unilever torna-se no maior player no mercado de amaciadores para o cabelo e no segundo nos shampoos e terceiro no hair styling. O portfólio da Unilever enriquece, assim, com marcas como TRESemmé, Nexxus, Motions, St. Ives e Simple, que acrescem às já existentes Dove, Clear, Suave, TIGI e Sunsilk.

A compra da Alberto Culver permite, igualmente, à Unilever aumentar a sua penetração e quota de mercado em países como os EUA, Canadá, Reino Unido, México ou Austrália, que, segundo as análises, deverão registar os maiores crescimentos nos próximos anos.

O negócio fica, contudo, condicionado ao desinvestimento por parte da Unilever nas marcas Alberto VO5, nos EUA, e Rave.