Grupo DIA atinge prejuízo de 418 milhões de euros no primeiro semestre
Os resultados líquidos do grupo DIA continuam em terreno negativo. No primeiro semestre do ano, na comparação homóloga, os prejuízos agravaram-se. A companhia dona do Minipreço terminou os primeiros seis meses do ano com um prejuízo de 418 milhões de euros, que compara com o resultado líquido negativo de 29,6 milhões de euros do primeiro semestre de 2018.
Estes resultados ficam a dever-se a uma forte deterioração das vendas, que ocorreu devido “aos níveis extraordinários de falta de stock”, refere a companhia em comunicado enviado regulador dos mercados espanhol. O EBITDA ajustado nos primeiros seis meses do ano foi de 55,6 milhões de euros negativos.
O grupo detido pelo fundo Letterone anunciou esta segunda-feira ter obtido nos primeiros seis meses de 2019 vendas líquidas de 3,4 mil milhões de euros, traduzindo uma quebra de 7% face aos 3,7 mil milhões de euros registados no período homólogo do ano anterior.
O grupo, durante o primeiro semestre do ano, levou a cabo uma série de medidas que tiveram influência nos seus resultados. Colocou em marcha um processo de encerramento de 613 de lojas com resultados negativos, sobretudo em Espanha e no Brasil. Levou a cabo um processo de reconversão das franquias com o objetivo de melhorar a sua rede, o que afetou 222 lojas no primeiro semestre do ano.
A companhia iniciou um processo de racionalização do sortido comercial, tendo havido uma redução significativa do número de referências. Os resultados sofreram ainda o impacto de algumas decisões relacionadas com a melhoria das operações logísticas, que conduziram ao encerramento de armazéns para se alcançar uma melhor eficiência da operação.
O grupo DIA também colocou em marcha um processo de despedimento coletivo em Espanha e reduziu os seus quadros de pessoal no Brasil. Neste mercado registou-se uma forte deterioração das vendas. A companhia atingiu 681,1 milhões de euros de vendas brutas sob insígnia, representando uma quebra de 15,4%. O mesmo ocorreu no mercado argentino, onde a companhia atingiu vendas de 691,1 milhões de euros, o que representa um recuo de 47,3%.
Nos restantes mercados também ocorreu um recuo das vendas, embora não tão acentuado. Em Espanha, as vendas brutas sob insígnia atingiram 2.5 mil milhões de euros, representando uma quebra de 7%. As vendas em Portugal recuaram 4,6%, ao atingirem 377,1 milhões de euros.