Crescimento de produção industrial desacelera para 0,9% em setembro

O índice de produção industrial apresentou um crescimento homólogo de 0,9% em setembro, uma desaceleração face aos 5,4% registados em agosto, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com os dados do gabinete de estatística, excluindo o agrupamento de energia, a variação foi de 2,2%, menos 4,3 pontos percentuais (p.p.) em relação a agosto.

Em termos de grupos industriais, todos eles apresentaram “variações homólogas menos favoráveis do que as observadas no mês anterior”, refere o documento. O agrupamento bens de consumo foi o que apresentou o contributo mais influente para a variação do índice total, com um crescimento de 4,1% em setembro, quando em agosto foi de 5,1%. Os bens de investimento, que apresentaram uma subida homóloga de 6,6%, contribuíram em 0,9 p.p. para o desempenho do índice. Os agrupamentos de energia e de bens intermédios registaram contributos negativos de 0,9 p.p. e de 0,5 p.p., originados por diminuições de 5,4% e de 1,3%, respetivamente.

Na comparação mensal, o índice de produção industrial recuou 2,5% em setembro, sendo que todos os agrupamentos apresentaram variações negativas, com exceção do da energia com um crescimento de 2,5% e um contributo de 0,4 p.p.. O contributo mais intenso foi do agrupamento de bens de consumo, com uma descida de de 1,2 p.p., “em consequência da variação mensal de -3,5% (1,9% em agosto)”, refere o documento do INE. Os agrupamentos de bens de investimento e de bens intermédios tiveram contributos negativos de 0,9 p.p. e de 0,8 p.p., respetivamente, “em resultado de taxas de variação de -5,7% e -2,3%” .

No terceiro trimestre, o índice registou um crescimento homólogo de 2,2%. No segundo trimestre o aumento foi de 1,9%. O agrupamento bens de investimento apresentou a subida mais intensa, de 11%. Os bens de consumo apresentaram um crescimento de 4,9%. Já o agrupamento energia “passou de uma variação homóloga de -6,7%, no trimestre anterior, para -4,6% no período em análise”, conclui o documento.