Reabertura de centros comerciais adiada para 15 de junho

O Governo pretende adiar a reabertura dos centros comerciais na Grande Lisboa para 15 de junho, decisão que será tomada, na terça-feira, em Conselho de Ministros.

“A perspetiva que temos é eliminar as restrições que temos na área da Grande Lisboa a partir de dia 15”, disse António Costa, primeiro-ministro, na quinta-feira, em conferência de imprensa.

A expectativa era a reabertura destas superfícies comerciais para esta sexta-feira, 5 de junho, mas o executivo decidiu o adiamento devido ao elevado número de casos na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) emitiu, na última quinta-feira, um comunicado, a dar conta de ter pedido ao Governo a permissão para todos os lojistas dos centros comerciais localizados na AML retomarem a atividade.

“Os centros comerciais têm mostrado, como poucos outros espaços, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores, e alertando para o impacto dramático de um eventual prolongamento das limitações para todos os intervenientes nesta cadeia de valor”, refere o documento.

“É urgente que as limitações sejam levantadas. Os centros comerciais Associados da APCC investiram para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas todas as condições de segurança sanitária, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”, realça António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, citado em comunicado

“Estes espaços minimizam o risco de contágio, não o agravam, permitindo à população aceder a um conjunto significativo de bens e serviços num ambiente com acesso limitado e controlado, e onde as boas práticas dos visitantes são monitorizadas e geridas por equipas profissionais de modo a minimizar os riscos”, garante.

Os centros comerciais reabriram em todo o País a 1 de junho, conforme estava previsto no plano do Governo referente às várias fases de reabertura das atividades comerciais.

“Restringir a operação dos centros comerciais situados na AML nesta terceira fase de desconfinamento foi frustrante para toda a indústria. Esta situação é extremamente preocupante e delicada para todos os intervenientes desta cadeia de valor. Os lojistas que permanecerem impedidos de abrir portas ficarão numa situação dramática. Tal como assistimos na abertura da totalidade das actividades nos Centros Comerciais localizados fora da AML, os Centros Comerciais são dos espaços mais bem preparados para garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores no âmbito da sua operação”, conclui.