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Salsicharia da Gardunha inaugura nova unidade de produção no primeiro semestre

Por a 5 de Fevereiro de 2020 as 18:35
DR: Salsicharia da Gardunha

DR: Salsicharia da Gardunha

A Salsicharia da Gardunha vai aumentar a sua capacidade de produção a uma nova unidade fabril com 7.000 metros quadrados, dedicada à produção de presuntos. A abertura está apontada para “entre os próximos meses de abril e maio”, revelou Miguel Dias, responsável da empresa, ao Hipersuper.

Sem revelar valores do investimento, o responsável indica que a nova unidade está a ser desenvolvida “para reduzir o plástico utilizado” nos processos produtivos, face à atual unidade detida pela empresa do Fundão, que atingiu “a sua capacidade total de produção”.

A nova fábrica vai assim permitir aumentar o volume de produção da Salsicharia da Gardunha, que está a apostar em inovação para fazer face às dificuldades de mercado que afetam o setor da carne.

Entre as mais recentes novidades da empresa estão os “snacks de carne” Bica-Pica Oh! Snack, para consumo entre refeições, que chegaram ao mercado no início deste ano, depois de apresentados na FoodMatters Live, uma das maiores exposições mundiais para o setor alimentar, dirigida sobretudo ao canal B2B.

A inovação insere-se no âmbito da nova estratégia de marketing da Salsicharia da Gardunha, que assenta no desenvolvimento de conceitos adaptados às novas tendências de consumo, de preocupação com o ambiente e com a saúde e bem-estar.  Neste sentido, os novos snacks, disponíveis em dois sabores, de perú e frango, são produzidos a partir de ingredientes de origem natural, apresentam um alto teor de proteína e baixo teor de gordura e são ainda isentos de glúten e lactose.

“O processo é o mesmo com que são produzidos os snacks de fruta desidratada, mas com carne”, explicou Miguel Dias, durante o evento realizado na última semana pela PortugalFoods, na Maia, no qual se discutiram as tendências para o mercado agroalimentar em 2020.

Os snacks, para consumo entre refeições, estão, aliás, entre as principais quatro tendências apontadas no evento.

Miguel Dias falou sobre o setor português de charcutaria, indicando que estas empresas assistiram “apenas nas últimas quatro semanas” a uma estabilidade de preço, depois de mais de um ano de “aumentos constantes nos preços das matérias-primas”.

“Estamos a perder algum dinheiro”, indicou o responsável, falando em nome do setor e atribuindo o prejuízo à falta de informação (ou à informação desfavorável) que existe no mercado sobre estes produtos, assim como à “falta de regulação do mercado de charcutaria”.

No segmento de charcutaria, 90% das decisões de compra prendem-se “com o preço e há uma pressão neste domínio a partir das marcas próprias”, observou o responsável.

Além disso, a peste suína e a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos afetam também o setor, que se mostra ainda “muito dependente das importações espanholas”.

Segundo dados apresentados por Miguel Dias, a charcutaria tem uma penetração em 90% dos lares portugueses, sendo que 70% das vendas correspondem à distribuição.

As categorias de carnes conotadas como mais saudáveis são as que têm crescido mais. “O fiambre de perú, por exemplo, apresenta aumentos de dois dígitos nas vendas”, ressalvou.

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