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Supermercados ibéricos valem 70% da faturação da Fabridoce

Por a 2 de Agosto de 2018 as 11:39

As vendas em supermercados portugueses e espanhóis representam 70% do volume de negócios da Fabridoce, produtora aveirense de doçaria conventual e gelados

A Fabridoce prevê chegar ao final do ano com um volume de negócios de 5,5 milhões de euros, um crescimento de 200 mil euros em relação a 2017. As vendas da fabricante de doçaria conventual e gelados a retalhistas portugueses e espanhóis representam cerca de 70% do volume de negócios. A história da empresa de Aveiro, que tem início em 1989 como fabricante de doçaria conventual, ganha um novo impulso três anos depois com a entrada no retalho moderno. Hoje, além das principais insígnias portuguesas fornece as cadeias Lidl, Mercadona e El Corte Inglés em Espanha. Os espanhóis renderam-se à doçaria nacional e, com esta experiência, a empresa sente-se agora mais preparada para partir à conquista de novos mercados internacionais.

“A entrada na distribuição moderna proporcionou a diversificação da oferta e um crescimento sustentado do volume de negócios”, conta em entrevista ao Hipersuper Carlos Filipe Coelho, marketing manager da Fabridoce.

Em 2013, um novo marco na história da fabricante portuguesa. A empresa faz uma investida num novo produto com a criação da marca Gelados de Portugal. Esta aposta permitiu à “continuar a crescer diversificando os segmentos de negócio e diminuindo organicamente a dependência de clientes”, realça Carlos Coelho.

A empresa definiu diferentes estratégias para os produtos de pastelaria e gelados. “Fornecemos a distribuição em Portugal e Espanha há tempo suficiente para perceber a pressão de produzir marca própria na esmagadora maioria das categorias e a pastelaria e os gelados não são exceção”, revela. Assim, a marca Fabridoce “funciona como incubadora para projetos de maior dimensão. Temos colaborações de sucesso com quase todas as insígnias em território nacional e em Espanha, trabalhando com muita proximidade para private label”. Já a marca Gelados de Portugal, por fazer parte de uma categoria muito competitiva, onde o líder tem uma presença muito forte, trilha o seu caminho através da diferenciação. “Posiciona-se claramente acima do mainstream. Foi uma opção arriscada, mas a única que fazia verdadeiramente sentido”, sublinha Carlos Coelho.

O plano de expansão da Gelados de Portugal

A gama de doces e biscoitos ainda representa a maioria das vendas no retalho ibérico. Mas é a marca de gelados que apresenta maior potencial de crescimento. “A Gelados de Portugal ainda tem muita margem de progressão, seja no que diz respeito ao alargamento da presença no retalho e no canal horeca seja na abertura de mais lojas franchisadas”, explica o marketing manager da Fabridoce. Tendo consciência de que “massificar o conceito pode levar à perda de singularidade”, Carlos Filipe Coelho tem planos para abrir sete lojas em regime de franquia. A marca opera atualmente uma loja própria que inaugurou em 2014 em Aveiro e tem mais um espaço gerido em franchising. “Este ano estamos a melhorar a nossa estrutura com a intenção de abrir uma loja em Lisboa em 2019. Madeira e Algarve são também localizações prioritárias, mas não temos pressa de concretizar porque queremos um crescimento sólido e sustentado. Este é um projeto com um retorno de investimento muito interessante, mas que obriga a muito juízo na gestão da pressão imobiliária. Essa é, aliás, a razão que nos tem feito gerir com maior cautela a abertura de lojas”, sublinha.

Para fazer face à procura e desenvolver novos produtos, a maior fabricante portuguesa de ovos moles e fios de ovos tem vindo a investir na unidade industrial. Aumentou a área da fábrica, a capacidade de produção e melhorou a operação logística. “Já este ano, adquirimos duas naves para reforçar a operacionalidade nos gelados. São dores de crescimento que temos tido o privilégio de lidar ao longo dos últimos dez anos”, refere Carlos Filipe Coelho.

A empresa dá emprego a 80 pessoas. Como produz alimentos de venda sazonal, trabalha com um turno de janeiro a abril e aumenta para dois nos restantes meses do ano.

*Artigo originalmente publicado na edição impressa de julho do Jornal Hipersuper

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