A Amazon quer comprar o Carrefour?

A publicação francesa Valeures Actuelees noticiou no final da semana passada que a gigante do retalho Amazon está a ponderar a aquisição do grupo europeu de distribuição alimentar Carrefour. A intenção da empresa norte-americana é fazer crescer o negócio das lojas físicas no velho continente.

Apesar de a notícia do interesse da Amazon no Carrefour não ter sido confirmada pela empresa sediada em Seattle, Washington, o rumor fez com que as ações do grupo europeu registassem uma das maiores subidas na bolsa de Paris.

Segundo a publicação francesa dedicada ao mundo dos negócios a aquisição faz sentido. A operação do Carrefour pode ser tudo o que a Amazon necessita para tirar partido do mercado alimentar europeu. A retalhista de origem francesa opera uma rede de lojas físicas de dimensão assinalável em vários países europeus, uma região onde 95% das vendas de bens alimentares ainda são feitas nos pontos de venda físicos.

Embora, de acordo com analistas ouvidos pela publicação, é mais proveitoso para o Carrefour estabelecer um acordo de colaboração com o Google do que ser adquirido pela Amazon.

O Carrefour nasceu em 1960 na cidade dos Alpes franceses Rhône-Alpes. Opera 12 mil lojas em 30 países. O grupo fechou o primeiro semestre de 2017 com vendas brutas de 43.053 milhões de euros, um crescimento de 6,2% em relação a igual período do ano passado.

A Amazon, por sua vez, é a marca de retalho mais valiosa do mundo. Posicionada em quinto lugar no ranking “Best Global Brands 2017”, elaborado pela consultora Interbrand, a gigante do ecommerce está avaliada em 64 796 milhões de dólares.

Em junho deste ano, a empresa norte-americana anunciou a aquisição da cadeia de supermercados Whole Foods por 13,7 biliões de dólares para entrar nas lojas físicas alimentares nos EUA, Canadá e Reino Unido.