Retalho vende 8.967 milhões de euros no primeiro semestre

O volume de negócios do setor do retalho alcançou 8.967 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, um crescimento de 3,8% face a igual período do ano passado, segundo dados do Barómetro da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED).

Entre janeiro e junho deste ano, as vendas das empresas de retalho de base não alimentar estiveram mais dinâmicas do que as do ramo alimentar. As vendas do retalho não alimentar subiram 4,5% para 3.727 milhões de euros, enquanto as do retalho alimentar cresceram 3,3% para 5.240 milhões de euros.

Dentro das categorias alimentares, o setor das bebidas foi o que mais cresceu (10%) nos primeiros seis meses do ano. Pelo contrário, o bazar ligeiro foi o único segmento a perder vendas (-1,4%). A quota das marcas próprias evoluiu 0,5 pontos percentuais (p.p.) para 34% das vendas de produtos de bens de consumo no canal alimentar.

Um total de 45,5% das vendas foram feitas em promoção, uma subida de um ponto percentual face ao primeiro semestre de 2016. “É um sinal de maturidade do mercado e da mecânica competitiva dos seus agentes económicos que desenvolvem estratégias cada vez mais diversificadas e imaginativas” para conquistar o consumidor, sublinha Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da APED.

No retalho não alimentar foi o mercado de equipamentos de telecomunicações que mais evoluiu, registando um aumento de 17% no volume de vendas até junho. No campo oposto, está o segmento de eletrónica de consumo que perdeu 3,9% de faturação no primeiro semestre.

A diretora-geral da APED prevê que o consumo continue a crescer, acompanhando os sinais de otimismo do consumidor português, até porque o Natal está à porta e é uma época de consumo por excelência. “Um dos drivers mais importantes é a confiança do consumidor. O comportamento das vendas vai acompanhar a evolução do indicador de confiança do consumidor”.