Falhas de cibersegurança custam em média €445 mil às empresas

As falhas de cibersegurança custam, em média, à volta de 445 mil euros às empresas industriais por ano, conclui um inquérito internacional realizado pela empresa de segurança digital Kaspersky Lab.

Apesar de 83% das empresas inquiridas acreditar estar bem preparada para enfrentar um ataque às suas Tecnologias Operacionais ou aos seus Sistemas de Controlo Industrial, metade já sofreu entre um a cinco incidentes de segurança nos últimos 12 meses, alerta a Kaspersky Lab, que consultou em colaboração com a Business Advantage 359 profissionais da área da cibersegurança industrial, a nível global, entre fevereiro e abril deste ano.

A transformação digital das empresas acarreta uma maior preocupação com a ciberseguraça, já que neste novo contexto industrial privilegia-se a integração de sistemas internos com os de fornecedores externos na mesma rede de gestão.

Assim, 74% dos inquiridos acredita que as suas infraestruturas estão sujeitas a um ataque de cibersegurança a qualquer momento. Quanto às causas, os profissionais inquiridos mostram uma maior preocupação com os erros involuntários cometidos pelos seus colaboradores, que são “de longe mais perigosos que os intervenientes das cadeias de fornecimento e parceiros”, explica em comunicado a empresa de segurança na internet.

Desta forma, o “malware tradicional” continua a ser a principal ameaça para as empresas, apontado por 56% dos profissionais. Seguem-se as ameaças com origem em terceiros (parceiros de negócio ou fornecedores), com 44%, e a sabotagem ou outros estragos intencionais provocados por atores externos, indicados por 41%.

No Top 3 das consequências das quebras e segurança digital estão os “danos na qualidade dos produtos e serviços, a perda de informações exclusivas ou confidenciais e a redução ou perda de produção num local”. Para as evitar, os inquiridos prevêem implementar nos próximos 12 meses  ferramentas de deteção de anomalias industriais (42%) e formação no âmbito da consciencialização para a segurança para as equipas.