Interfornecedores da Mercadona apostam 7 vezes mais em inovação do que a média do setor

Os fabricantes interfornecedores da retalhista Mercadona reservam mais recursos para investir nas áreas de Investigação, Desenvolvimento e Inovação do que a média do setor de alimentação e bebidas, de acordo com o estudo “O Valor da Inovação Conjunta”, realizado pelo Institut Cerdà.

Este conceito de “interfornecedor” baseia-se em explorar ao máximo as vantagens de colaboração entre o fornecedor e retalhista, a partir de uma relação de confiança e de longo prazo.

Após a análise das capacidades de inovação de 90 dos mais de 125 industriais que fornecem a retalhista espanhola que vai abrir em 2019 os primeiros supermercados em Portugal, o estudo conclui que o rácio de sucesso dos novos produtos lançados pela cadeia e seus interfornecedores é de 82% face a 24% do setor, segundo os últimos dados disponíveis (Nielsen 2013).

Neste sentido, o estudo indica também que o número de colaboradores dedicados a Investigação de Desenvolvimento (I+D) aumentou 80% entre 2012 e 2015, representando 2,84% da média dos quadros, um valor que pressupõe o dobro da média do setor de alimentação e bebidas, estimado pelo INE em 1,09%.

No total, os interfornecedores da Mercadona colocaram 1.094 pessoas (investigadores, técnicos, entre outros) a desenvolver mais de 350 linhas de I+D.

De igual forma, durante o período analisado (2012-2015) os interfornecedores que participaram no estudo investiram 377,5 milhões de euros em inovação (85,5 milhões em novos produtos e 292 milhões em novos processos). Além disso, registaram 27 patentes (88% do produto e 12% de processos) e 51 marcas. A aposta na inovação dessas empresas é sete vezes superior à do setor.