Data Center Destaque Destaque Homepage Homepage Newsletter

Retrato da geração digital que prefere comprar em loja

Por a 17 de Novembro de 2016 as 12:14

A geração que nasceu depois de 1980, os millennians, também conhecidos por geração da Internet e, por isso, mais íntimos e à vontade com a utilização das novas tecnologias, preferem, ao contrário do que se podia pensar, comprar nas lojas físicas mesmo quando têm a hipótese de comprar online. Esta é a preferência da maioria (70%), uma tendência que não deverá mudar “dramaticamente” no futuro, segundo o novo estudo “Millennials: mitos e realidades” da consultora imobiliária CBRE.

Apesar de ser a primeira geração num mercado verdadeiramente digital, quase metade destes consumidores quer ver, tocar, sentir e testar o produto em loja. Embora um total de 27% das compras sejam realizadas online pela maioria dos millennials, a popularidade das compras online varia muito consoante as geografias devido às diferentes dinâmicas do retalho, revela a pesquisa realizada junto de 13.000 millennials com idades entre os 22 e 29 anos, de 12 países.

Desta forma, em países onde as redes de retalhistas internacionais estão bem estabelecidas, a penetração online é mais elevada do que em países onde os retalhistas são locais. Quando estes consumidores compram online, querem que a entrega seja feita em casa, só depois pedem a entrega no local de trabalho e a recolha num local previamente estipulado.

O estudo revela ainda que o lazer é cada vez mais importante da vida dos millennials e 50% do seu rendimento é canalizado para refeições fora de portas, compras, cinema e espetáculos.

Os custos dos imóveis e das rendas, a par da instabilidade profissional, são desafios para esta geração de jovens adultos. Metade dos entrevistados vive ainda com os seus pais e 74% refere que os seus ordenados não acompanham o preço do mercado imobiliário. 65% indica que opta pelo arrendamento ao invés da aquisição de casa por causa de circunstâncias financeiras.

Assim, o nível de lealdade para com a entidade empregadora não é elevado e os colaboradores estão dispostos a mudar de trabalho, caso haja melhores oportunidades quanto a salário, formação, desenvolvimento profissional e oportunidade de trabalhar com pessoas com o mesmo tipo de interesses.

Cristina Arouca, diretora de Research & Consultoria da CBRE, sublinha que as conclusões deste estudo deitam por terra algumas teorias e reforçam outras. “A loja física mantém a sua relevante posição no processo de compra. O online é visto como um canal complementar à experiência de compra na loja e não como uma alternativa direta. Isto significa que é cada vez mais importante que  os retalhistas criem experiências envolventes para assegurarem que estes clientes têm uma razão para visitarem várias vezes as suas lojas”.

infografia

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *