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Produtos frescos puxam pelo consumo dos portugueses

Por a 12 de Outubro de 2016 as 15:28

A faturação dos bens de grande consumo em Portugal cresceu 2,9% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo, mas em volume o setor de FMCG perdeu 0,6% das vendas. Apesar de manter esta tendência negativa, é ainda assim o melhor resultado dos últimos quatro anos, revelou Blandine Meyer, diretora comercial da Kantar Worldpanel, por ocasião da apresentação da segunda edição do “Marcas e Consumidores”, uma iniciativa da Centromarca, a associação que defende os interesses dos produtos de marca em Portugal, que, em parceria com a Kantar, avalia periodicamente a evolução do consumo e as principais tendências no mercado nacional. Em 2015, no mesmo período – entre janeiro e setembro – os bens de consumo perderam 1,9% das vendas, quando alcançaram o “recorde desaceleração em volume” desde o início da crise, explica Blandine Meyer. A responsável comercial da consultora acrescenta, no entanto, que o aumento das vendas em valor “não corresponde totalmente à realidade do mercado, já que não faz o desconto do valor oferecido pelos retalhistas e fabricantes em promoções”.

O início deste ano foi melhor do que o de 2015 mas o fraco desempenho na época estival coloca o setor abaixo da linha de água. Os principais meses de verão concentram uma “forte queda”, explica a responsável, o que “faz com que o acumulado do ano seja negativo”. Os portugueses estão a visitar menos as lojas e também comprar menos quantidade quando vão às compras. Apenas o indicador do gasto por ato de compra cresce (+2,8%) até setembro. As categorias que mais puxam pelo consumo são a dos frescos, em boa parte devido ao “elevado investimento” que os retalhistas estão a fazer na categoria, concretamente ao forte ritmo promocional, e a categoria de drogaria, que a responsável atribuiu a uma necessidade de escoamento de stock.

Concretamente nos frescos, quase todas as categorias estão a crescer, à exceção do peixe e da carne que tem visto os consumidores fugirem para as versões congelados que no período apostaram em promoções “muito fortes”.

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