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Elevadas temperaturas salvam setor de bebidas de mais um ano de depressão

Por a 12 de Outubro de 2016 as 15:55

Há muitos anos que os portugueses estão a afastar-se do consumo de bebidas dentro do lar. O consumo per capita de bebidas – com e sem álcool – está em queda desde 2012. Em média, os lares portugueses compraram menos 20 litros de bebidas em 2016 do que dois anos antes, em 2014, revelou Blandine Meyer, diretora comercial da Kantar Worldpanel, por ocasião da apresentação da segunda edição do “Marcas e Consumidores”, uma iniciativa da Centromarca, a associação que defende os interesses dos produtos de marca em Portugal, que, em parceria com a Kantar, avalia periodicamente a evolução do consumo e as principais tendências no mercado nacional.

Os primeiros nove meses deste ano mostram, no entanto, que o setor atinge “alguma estabilidade” no acumulado entre janeiro e setembro, impulsionado pelas elevadas temperaturas que se fizeram sentir no verão, sobretudo para o setor das bebidas não alcoólicas. Enquanto as versões sem álcool aumentaram em 0.6% as vendas em volume, as alcoólicas perdem 0,9%. Os vinhos não conseguem inverter a tendência de perda e são as águas engarrafadas e os sumos as categorias que estão na origem desta subida.

Concretamente no verão, as bebidas não alcoólicas cresceram 8,4% e as alcoólicas 2,2%. “As bebidas sem álcool apresentaram muito dinamismo neste período específico, especialmente via intensidade de compra. Já as alcoólicas atraíram mais shoppers que compraram mais regularmente. No verão, os sumos de fruta e as cervejas apresentaram mais dinamismo do que as águas, ainda que estas tenham conseguido maior intensidade de compra”.

A temperatura impacta o consumo dentro de fora do lar e o tipo de bebidas que escolhemos consumir, explica Blandine Meyer. “Quanto mais aumenta a temperatura mais sobe o consumo de bebidas frias e mais se consome nos estabelecimentos comerciais e não tantos no lares”.

A análise da Kantar Worldpanel revela uma tendência de crescimento no consumo de bebidas saudáveis, sobretudo dentro do lar, já que no canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés), o consumo ainda se faz muito pela “sensação de prazer” e pelo convívio social.

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