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Portugal perde 35 adegas cooperativas nos últimos 20 anos

Por a 26 de Setembro de 2016 as 14:29

Portugal perdeu 35 adegas cooperativas nos últimos 20 anos, passando de 125 para 90, devido a problemas financeiros ligados à abertura dos mercados, disse à LUSA Teresa Mata, a secretária-geral da FENADEGAS (Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal), acrescentando, no entanto, que as que se mantiveram reestruturam o negócio e “são hoje bem-sucedidas a exportar para todo o mundo”.

“Na década de 90, com a abertura dos mercados e a importação de bebidas, muitas deixaram de ser viáveis economicamente e fecharam ou tiveram de se agregar”, justificou a secretária-geral da FENADEGAS, para quem “a evolução do setor teria de levar ao encerramento de algumas adegas”.

As que se mantêm tiveram de contratar técnicos qualificados, reestruturar-se do ponto de vista tecnológico, apostar na qualidade e certificação dos seus vinhos e alterar as suas estratégias de mercado para serem competitivas. É o caso da adega de São Mamede da Ventosa (Torres Vedras), a maior adega do País em volume de produção. A Adega faturava em 1995 4,5 milhões de euros, recebia 14 toneladas de uvas para transformar em vinhos e, dessa produção, 14% era exportada. Passados 20 anos, fatura 13 milhões de euros, tem uma produção de 27 mil toneladas e exporta 95% da produção para mercados como China, Rússia e Estados Unidos da América.

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