20% dos portugueses não tem subsídio de Natal
Está a diminuir o número de portugueses que utiliza o subsídio para compras de Natal, mas está a aumentar os portugueses sem subsídio
Rita Gonçalves
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Um total de 63% dos portugueses utiliza o subsídio de Natal para comprar os presentes, revela uma investigação feita junto de 500 portugueses.
“Apesar de ser uma percentagem significativa, desceu 19% relativamente a 2011. Um outro dado relevante deste estudo é o facto de 1/5 dos consumidores portugueses inquiridos já não ter subsídio de Natal”, conclui o estudo do Observador Cetelem.
Entre os que mais utilizam o subsídio de Natal para comprar presentes, encontram-se os consumidores entre 25 e 34 anos (75%). Nesta faixa etária, o número de inquiridos (8%) que manifesta que gasta mais do que o subsídio nas compras natalícias é também superior à média nacional (5%). Os jovens entre os 18 e 24 anos são os que menos têm subsídio de Natal (43%) e, consequentemente, são os que menos gastam em presentes (42%).
Os inquiridos da zona de Lisboa estão entre os que menos recorrem ao subsídio para as compras de Natal (56%), talvez porque são a região do País onde existe o maior número de inquiridos sem acesso a este extra salarial (35%).
Já o sul, é a região do País onde mais se utiliza o subsídio para comprar presentes – 78% (sendo que 47% utiliza uma pequena parte, 31% utiliza uma parte significativa). Mas, é entre os habitantes do centro do País que encontramos o maior número de indivíduos que utiliza o dinheiro extra do final do ano para comprar presentes e este não é suficiente (12%, contra uma média nacional de 5%).
O estudo do Observador Cetelem revela ainda que 2% dos consumidores portugueses inquiridos não adquire presentes de Natal e 6% não necessita de recorrer a este extra para as compras natalícias.
São as classes mais baixas (AB/C1) que menos recorrem a este dinheiro para comprar presentes: 56% afirma que o faz, versus 66% dos indivíduos das classes mais altas (C2/D).
Ficha Técnica
Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 500 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre 1 a 3 de Outubro de 2012. O erro máximo é de +4,4 para um intervalo de confiança de 95%.