CCP contradiz números avançados pelo presidente da APED

Depois de ontem, durante um encontro com alguns jornalistas, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas da Distribuição (APED), Luís Reis, ter afirmado que a abertura ao Domingo das grandes superfícies criou entre dois mil a 2.500 novos postos de trabalho, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) vem refutar esses números.

A confederação admite mesmo, em nota de imprensa, que “o comportamento do emprego no sector do comércio atinge actualmente um dos seus períodos mais preocupantes, confirmando a tendência negativa registada nos últimos anos”, salientando que ”desde 2005 o sector perdeu mais de 50 mil empregos”.

A CCP destaca ainda mais os dados referentes ao período entre 2009 e 2010: “apenas num ano o comércio perdeu 40 mil empregos.

Considerando que estes dados coincidem com o período em que se assistiu à liberalização das aberturas de estabelecimentos comerciais, a CCP conclui que “a expansão e concentração da distribuição, principalmente no sector alimentar, teve um impacto claramente negativo sobre o nível de emprego no sector”.

A nota de imprensa termina afirmando que “nunca o sector teve um desempenho tão negativo ao nível do emprego”, questionando-se a CCP sobre o “verdadeiro contributo, para o emprego no sector, da política de liberalização que tem vindo a ser seguida”.