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“O ‘Sabor do Ano’ cria um estimulo de atracção e desejo”

Por a 10 de Novembro de 2010 as 9:50

A Tryp Network, empresa que trouxe para o nosso País o “Sabor do Ano”, assinala em 2011 a 4ª edição em Portugal desta avaliação em prova cega. Mais recentemente lançou a versão deste projecto para a restauração, uma certificação sujeita ao crivo de profissionais e consumidores.

Em Itália, está a desenvolver a primeira edição do “Sapore dell Anno” e em Espanha já conta com várias edições da Restaurante Week, em Madrid e Barcelona, e tem planos para levar o evento, que democratiza o acesso à cozinha de luxo, para mais cidades do país vizinho. José Borralho passa a pente fino os projectos nos quais está envolvido.


Hipersuper (H): Com a quarta edição a aproximar-se, que balanço faz do “Sabor do Ano” após três anos?
José Borralho (J.B.):
A evolução que temos tido (esta quarta edição é a mais concorrida de sempre e deverá ter cerca de 200 produtos candidatos) prova que tínhamos razão quando decidimos lançar o projecto em 2007 e afirmámos que havia espaço para esta distinção.

Quer a indústria nacional quer a multinacional, e independentemente da sua dimensão, tem aderido e se fidelizado ao “Sabor do Ano” e reconhece que é esta a “metodologia” que melhor satisfaz os requisitos da distribuição e dos consumidores.

Hoje, que entramos em velocidade cruzeiro, sabemos que as empresas têm muitos benefícios ao ser reconhecidas “Sabor do Ano”. É um investimento seguro e que a curto prazo traz vantagens competitivas.

H: Há estudos sobre isso?
J.B.:
Há diversos estudos feitos junto da indústria premiada e os resultados são muito positivos quer no contributo para aumentar o conhecimento do produto como em termos de vendas. A prova disso é a crescente participação e fidelização ao “Sabor do Ano”.

Por outro lado, há dados de Neuromarketing, através de estudos feitos em Espanha, que dizem que a associação da Certificação “Sabor do Ano” a um produto cria um estimulo de atracção e desejo, logo, que levará à compra.

H: O “Sabor do Ano” é a certificação mais atractiva para o sector alimentar?
J.B.:
Certamente. Há uma identificação directa entre a distinção e o benefício. Os produtos que são “Sabor do Ano” vendem mais no portefólio das marcas. Por outro lado, temos uma dinâmica no mercado que trata as empresas por igual. A própria metodologia não deixa qualquer dúvida. Em que outro projecto distintivo se assiste ao convívio entre pequena e média indústria?

H: E o “Compro o que é Nosso”?
J.B.:
O “Compro o que é Nosso” é uma identificação da Origem da Produção e não tem como objectivo distinguir produtos ou marcas. Tem critérios muito objectivos e que são válidos na medida em que valorizam a oferta nacional.

Aliás, temos muitos casos de marcas que ostentam em simultâneo os selos “Sabor do Ano” e “Compro o que é Nosso”, o que nos tem levado a algumas conversas e, provavelmente, num futuro próximo, talvez equacionar algum tipo de colaboração.

Sabor do Ano Restauração


H: Desenvolveram em Portugal a primeira edição do Sabor do Ano Restauração. Como se desenrolou o projecto?
J.B.:
A introdução do “Sabor do Ano” no mercado do foodservice é uma resposta à solicitação deste segmento, cujos produtos não são orientados para o grande consumo.

A especificidade desta edição tem a ver com o segmento e a metodologia de avaliação. Em primeiro lugar, porque apenas podem participar os produtos dirigidos a segmentos profissionais que, regra geral, fazem a distribuição por canal directo ou através dos armazenistas.

Em segundo lugar, porque os produtos são avaliados pelos seus destinatários – profissionais e consumidores. A metodologia do “Sabor do Ano Restauração” submete, por um lado, os produtos ao crivo de Chefs, Sommeliers, Escanções (dependendo do segmento e do tipo de produto) que os avaliam de acordo com a qualidade gustativa, interesse e facilidade de confecção ou preparação, e por outro, coloca o produto, após intervenção do profissional, à avaliação do consumidor. Da média das notas chegamos aos produtos com maior valor qualitativo, tendo em conta que a nota atribuída pelos profissionais deverá sempre bastante elevada.

H: A CSM Iberia e a Ribeiralves são os grandes vencedores. Como é que podem usufruir desta distinção?
J.B.:
Através dos meios à sua disposição – junto do canal profissional a que se dirigem – pode fazer uso do selo “Sabor do Ano Restauração” e ainda conseguir vantagem em termos de mercado. Estes são, por exemplo, produtos que “oferecemos” aos restaurantes no âmbito da Restaurant Week.

Neste caso, terão acesso a esta distinção os profissionais que compram este tipo de produto nos cash&carry e outros canais dirigidos a profissionais.

“Sapore dell Anno”
H: A Tryp já está a desenvolver a primeira edição do “Sabor do Ano” em Itália. Em que fase está o projecto?
J.B.:
O “Sapore dell Anno” foi lançado em Junho e está actualmente em fase de promoção junto do mercado italiano. Itália tem uma indústria agro-alimentar muito desenvolvida e os consumidores privilegiam o “sabor” nos produtos alimentares. Acreditamos que o projecto reúne condições para ter sucesso. No entanto, estamos em fase start-up e num momento de grande instabilidade no mercado europeu, o que nos leva a ser muito cautelosos. Acredito que apostar no “Sabor do Ano” em tempo de crise é dos melhores e mais rentáveis investimentos que as empresas podem fazer.

H: Têm feed-back da moderna distribuição italiana sobre este projecto?
J.B.:
Ainda estamos numa fase muito prematura para esse tipo de abordagem, porque a fase de promoção dura alguns meses.

A moderna distribuição italiana é muito peculiar, não sofre da concentração que assistimos em Portugal e noutros países. E mesmo o fenómeno das marcas próprias da distribuição (MDD) tem pouca expressão. As MDD representam apenas 14% do mercado. Os italianos continuam a preferir as marcas de indústria e isso revela-se a nosso favor.

H: Ambicionam levar o conceito Sabor do Ano a novos países?
J.B.:
Sob nossa gestão directa só arriscaremos este investimento nos mercados onde temos afinidade, experiência e parceiros. Este tipo de negócio necessita de um conhecimento prévio do mercado. Todavia, face à experiência na internacionalização destes projectos da Monadia (empresa francesa detentora do “Sabor do Ano”), creio que somos um importante parceiro para a abertura de novos mercados dado que já representamos três países no network.

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