Portugueses com maior mobilidade
Segundo o Guia Salarial da Hays, empresa mundial em recrutamento especializado, a maioria dos profissionais portugueses no activo revela disponibilidade para desenvolver funções no estrangeiro (69,6%) ou noutra região de Portugal (84,6%), sendo que esta última hipótese registou mesmo um aumento de quase 2% relativamente ao ano anterior, indicando, assim, uma maior abertura e flexibilidade dos profissionais perante a menor oferta do mercado de emprego.
Em contraponto, os que não colocam a possibilidade de mobilidade geográfica, os motivos referidos pela maioria prendem-se com razões de ordem familiar e pessoal.
No que diz respeito aos inquiridos desempregados, 64,3% consideraria a hipótese de desenvolver funções noutro país, percentagem essa que sobe para os 84,1% quando a deslocalização se limita ao território nacional – e sempre que o projecto apresentado seja suficientemente interessante.
Quanto aos que admitem a possibilidade de mudar de emprego durante o ano de 2010, 82,2% dos inquiridos revelaram-se dispostos a fazê-lo, correspondendo a um aumento de quase 20% em relação aos dados do ano passado. As razões mais apontadas para a procura de novos projectos são as perspectivas de progressão profissional, a remuneração e satisfação pessoal, com 33,1%, 21,5% e 18,6% das preferências, respectivamente.
A mudança de emprego não se faz, contudo, sem dificuldades, referindo 42,5% dos inquiridos ter de lidar com uma banda salarial abaixo das expectativas iniciais, e 20,7% acreditarem não possuir as qualificações ou formação adequadas para fazer face aos desafios do novo posto de trabalho.