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Descida do preço estimula crescimento de bacalhau

Por a 3 de Dezembro de 2009 as 5:20

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A redução em cerca de 20% do preço médio por quilo de “bacalhau” estimulou o consumo desta categoria, aumentando em quase 20% o volume comprado. O?”bacalhau seco” continua a ser o segmento mais importante, representando mais de 91% do mercado, em volume.

Portugal é um dos países do mundo onde se consome mais “bacalhau”, estando intimamente ligado à gastronomia nacional. Descoberto pelos portugueses no séc. XV, o bacalhau, era o único peixe que suportava longas viagens transatlânticas, sendo imediatamente incorporado nos hábitos alimentares portugueses.

A penetração da categoria nos lares portugueses atinge os 82,3%, no YTD de P09 09 (dados deste ano a acabar em 06 de Setembro), ou seja, mais de oito em cada dez lares comprou, pelo menos uma vez, bacalhau, de acordo com o painel de lares da TNS Worldpanel.

A redução de cerca de 20% do preço médio por quilo de “bacalhau” estimulou o consumo desta categoria, aumentando em quase 20% o volume comprado, face ao YTD P09 de 2008. Além de ter aumentado bastante a compra média, a categoria conseguiu ganhar compradores, em comparação com o mesmo período de 2008.

O “bacalhau seco” continua a ser o segmento mais importante, com 91,4% de quota de mercado em volume, sendo que contribui em 100% para o crescimento da categoria, Por sua vez, o sub-segmento que contribuiu mais para a subida de “bacalhau seco” foi “bacalhau crescido”. “Bacalhau ultracongelado/demolhado” e “bacalhau fresco” são os restantes segmentos que compõem a categoria, mas não têm expressão em termos de quota de mercado em volume.

O “bacalhau da Noruega” já representa mais de metade do mercado, com uma quota de mercado de 54,1% em volume, aumentando a sua quota em quase 13 p.p. (pontos percentuais), face ao período homólogo de 2009. Aliás, de todos os segmentos, foi o único que aumentou a sua quota de mercado. Quase todos os restantes baixaram a sua quota de mercado em relação ao ano de 2008 (com excepção do “bacalhau da Islândia”, que subiu 1,7 p.p.). Uma grande percentagem do bacalhau que é comprado (27,5%) é de origem indeterminada, muitas vezes porque os pontos de venda não indicam a origem do bacalhau, tornando-se difícil para o consumidor identificá-lo.

Analisando o tipo de bacalhau mais vendido em Portugal – o “bacalhau seco” – verifica-se que o crescido (peso igual ou inferior a 2Kg e superior a 1Kg) atinge 51,6% de quota de mercado em volume. O “bacalhau graúdo” (peso igual ou inferior a 3Kg e superior a 2Kg aumentou a sua quota em quase 4 p.p., tendo, neste período, 15,4% em volume. Muito perto do “bacalhau graúdo”, o “bacalhau corrente” (peso igual ou inferior a 1Kg e superior 0,5Kg) detém uma quota de 14,4%. Os restantes tipos de bacalhau, como o “bacalhau especial” (peso superior a 3Kg) e o “bacalhau miúdo” (peso igual ou inferior a 0,5Kg) têm pouca expressão no mercado português.

No entanto, é de referir que, o “bacalhau especial”, é um dos tipos mais vendidos, durante o período do Natal.

As quotas em volume das insígnias para “bacalhau seco” estão muito próximas umas das outras. O Intermarché (fez algumas promoções) aumentou o peso que tem para a categoria de “bacalhau seco”, passando de uma quota de 12,1%, no YTD P09 de 2008, para uma quota de 16,4%, seguido das duas insígnias da Sonae. Modelo e Continente, têm exactamente a mesma quota em volume (15,2%), crescendo ambas cerca de 1 p.p. face ao mesmo período do ano passado. O Pingo Doce tem uma quota de 14,3%. Como se pode verificar, entre o primeiro e o quarto lugar, existem apenas 2 p.p. de diferença, o que significa que o líder pode alterar a qualquer momento.

O gasto médio por acto de compra que os lares fazem na época do Natal é 12% superior ao gasto médio por acto de compra feito no resto do ano. No ano de 2008, o bacalhau foi a categoria do total FMCG onde o gasto médio por acto de compra nesta época foi maior, ou seja, 70% acima do gasto feito no resto do ano de 2008. “Whisky”, por exemplo, cresceu 37,6%, na época do Natal, “after-shave” cresceu 25,5%, “refrigerantes” cresceram 21,5% e “vegetais frescos” cresceram 19,3%.

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